Há dez anos, as forças da OTAN lideradas pelos Estados Unidos de Barack Obama violaram a soberania da Líbia e cometeram o ato bárbaro de assassinato de Muammar Khadafi após prendê-lo, estuprá-lo e arrastá-lo pelas ruas até seu linchamento. O líbio enfrentava uma série de manifestações pela insatisfação de parte da população e, ao mesmo tempo, as forças do imperialismo, representadas pela OTAN, empreenderam uma operação militar, que, segundo palavras do historiador Sayid Marcos Tenório, teve o objetivo de “destruir o regime de um líder com grande influência popular” através de uma “intervenção humanitária”.
Em apenas sete meses de operação militar, a OTAN realizou 10.000 missões de ataque com 40.000 bombas e mísseis contra os líbios. Como resultado, 120.000 líbios morreram de acordo com dados da Cruz Vermelha Internacional.
A intervenção amparou-se na resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovada em 17 de março de 2011, que “expressando grande preocupação com a deterioração da situação, a escalada da violência e o elevado número de vítimas civis” (…) autorizado a tomar “todas as providências necessárias” para supostamente proteger os cidadãos líbios que estavam sob “ameaça de ataque” do governo deposto de Muammar Gaddafi.
As contribuições do Coronel Ghadafi aos movimentos de libertação na África vão desde a África do Sul e a derrota do apartheid até a transformação da antiga Organização União Africana para a atual União Africana. Ele também foi um grande estimulador da OLP e o direito à autodeterminação palestina. Outros movimentos que também tiveram seu apoio foram o IRA (Exército Republicano Irlandês) e a Frente Polisário de Libertação do Povo Saarauí que há mais de 40 anos luta contra a ocupação do seu território por parte do Reino do Marrocos.
30.000 pessoas morreram por causa da “intervenção humanitária” da OTAN na Líbia.
Assista à entrevista completa no vídeo abaixo:
Com informações do JTT-A Manhã Com Dignidade e Telesur.