Redação
Em São José, cidade da Grande Florianópolis, os servidores municipais estão de greve desde o dia 31 de maio. No JTT – A Manhã com Dignidade desta segunda-feira, 6 de junho, entrevistamos Jumeri Zanetti, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de São José.
Na última quinta-feira, 2 de junho, uma comissão do comando de greve participou do que havia sido indicado como mesa de negociação, por parte da prefeitura. Devido ao debate e a possibilidade de que fosse atendida as reinvindicações da categoria, os representes da Prefeitura de São José se comprometeram a apresentar, no dia seguinte, uma proposta.
Entretanto, ao mesmo tempo, a Prefeitura de São José entrava na justiça com pedido de ilegalidade da greve, solicitando desligamento de todos os profissionais ACTs que participassem da greve, o desconto dos dias letivos e uma multa diária de 100 mil reais ao sindicato.
Na sexta-feira, dia que seria apresentada a proposta, a princípio construída em mesa de negociação, o Sindicato apresentou à categoria os ataques e ameaças que a Prefeitura direcionava aos trabalhadores. Mais uma vez a resposta foi a luta: a categoria decidiu por manter a greve.
“A greve é justa e legítima! A cada dia que passa sabemos de mais trabalhadores aderindo à greve, em solidariedade aos que sofrem ameaças de serem demitidos”. Mais tarde ficaram sabendo da decisão da desembargadora que não acatou ao pedido de ilegalidade, nem as multas e demissões, solicitando que fossem mantidos ao menos 50% dos atendimentos na saúde e assistência.
Adesão massiva da categoria
Segundo Jumeri, algumas pautas unificam toda a categoria, como é o caso da proposta de que seja convocado um concurso público. “Faltam profissionais na saúde e na assistência social. Alguns serviços permanecem fechados durante alguns períodos na semana por não haver equipe suficiente”, diz a presidente do SINTRAM. Além disso, na Educação foram anunciadas 300 vagas e até o momento só chamaram 50.
As pautas financeiras, como o aumento do vale alimentação – que hoje é de menos de R$2 o dia – reajuste salarial frente às perdas inflacionárias e a implementação dos pisos, também são pautas que agregam cada vez mais trabalhadores nessa luta massiva da categoria.
Acompanhe toda a entrevista no vídeo abaixo: