Português/Español
Por Raul Fitipaldi.
Sexta-feira passada, uns rapazes muito simpáticos da universidade federal de Santa Catarina entrevistaram-me para que lhes falasse do que não sei sobre comunicação de massas. É interessante, quanto mais afirmas que não sabes, mais te perguntam. Pareceria que se aquilo que fazes tem um módico sucesso deves com certeza saber como tens conseguido isso. Pois então, nenhum dos que temos editado Desacato temos muita idéia de por que, uma idéia menor, meio boba, tornou-se um veículo de comunicação sério, atuante, duradouro, resistente. Nem sequer a gente sabe por nos privamos de semanas, meses e anos de descanso. Também não sabemos que fizemos de bom para reunir os colaboradores que tem a revista virtual, ou portal; essa definição editorial nunca aconteceu, talvez nunca aconteça.
Depois que concluiu a simpática entrevista, onde certamente devo ter dito muitas besteiras, tais que nunca se convencerão esses bons estudantes que estavam frente a um velho delirante, sonhador, apaixonado pela palavra, como o está por uma mulher, e que não pensa demasiado o que faz quando de militância se trata. Um viciado na América Latina, que lê, entende pouco, explica menos e trabalha até que acaba a corda. Sim, excedo-me, estou falando sem modéstia da nossa modéstia. Mas, o caso é que é verdade, não sei por qual razão Desacato é referência, tem quase 100 colaboradores em mais de 30 países e está grudado em um monte de lutas sociais e culturais. Então, que diabos é o que sabemos, que soubemos, que ficou claro para chegar a este ponto transformar o Desacato numa Cooperativa?
Três coisinhas simples. Seja a primeira que dentro de uma linha ampla, mas, firme, que passeia por diversas correntes de pensamento, este Desacato é feito, escrito, desenhado e filmado por gente anticapitalista e antiimperialista. Seja a segunda que resolvido o anterior, não se censura ninguém, não se patrulha ninguém, por isso estamos juntos os de dentro e os de fora faz mais de 4 anos. A última é você. Que faz lendo isto faz tanto tempo? E você que chegou a pouco, que gostou de nós? Porque você é a razão mais importante, deu-nos a credibilidade, obrigou-nos a melhorar, a crescer, a sustentar-nos e a terminar criando esta 1ª. Cooperativa Pela Soberania Comunicacional e Popular (que repousará legalmente sobre o nome de Cooperativa de Produção em Comunicação e Cultura). É com você esse compromisso que nasce, com os trabalhadores, os estudantes, os pequenos, os que sempre são maioria. É com você e conosco, com os que produzimos Pátria Latino-americana e Caribenha, com os abraçadores do mundo da paz, como os filhos da Pacha Mama, com os ferrados.
Um dia destes lhe comento como funciona este assunto da cooperativa, para ver si você faz uma na sua cidade, no seu povo, na sua região ou na sua universidade, colégio, comunidade. Mas, não sei ainda como funciona. Você vai me ensinar e quando venham da universidade a me perguntar por que a Cooperativa de Produção em Comunicação e Cultura teve tanto sucesso nos primeiros cinco anos, direi que falem com você, que lhe perguntem por que quis libertar a palavra dos que não têm voz. Por que diz o que os poderosos não querem escutar e por que tanta e tanta gente acredita em você. Aí ficará bem claro para você que não fomos, que foi você que criou Desacato.info e sua novinha cooperativa. Tomas um café?
Nosotros no fuimos, fuiste vos
Por Raul Fitipaldi.
El viernes pasado, unos chicos muy simpáticos de la universidad federal de Santa Catarina me entrevistaron para que les hablara de lo que no sé sobre comunicación de masas. Es interesante, cuanto más afirmas que no sabes, más te preguntan. Parece que si lo que haces tiene un módico éxito debes seguramente saber cómo lo has logrado. Pues, ninguno de los que hemos editado Desacato tenemos mucha idea de por qué, una idea menor, medio boluda, se tornó en un vehículo de comunicación serio, actuante, duradero, resistente. Ni siquiera sabemos por qué nos ha privado de semanas, meses y años de descanso. Tampoco sabemos qué hicimos de bueno para juntar los colaboradores que tiene la revista virtual, o portal; esa definición editorial nunca ocurrió, tal vez nunca ocurra.
Después que concluyó la simpática entrevista, donde ciertamente debo haber dicho muchos disparates, tales que nunca se convencerán esos buenos estudiantes que estaban frente a un viejo delirante, soñador, apasionado por la palabra, como lo está por una mujer, y que no piensa mucho lo que hace cuando se trata de militancia. Un viciado en América Latina, que lee, entiende poco, explica menos y trabaja hasta que se le gasta la cuerda. Sí, me excedo, estoy hablando sin modestia de nuestra modestia. Pero el caso es que es verdad, no sé por qué razón Desacato es referencia, tiene casi 100 colaboradores de más de 30 países y está metido en un montón de luchas sociales y culturales. Y entonces, ¿qué diablos es lo que sabemos, qué supimos, qué nos ha quedado claro para llegar a este punto en que Desacato se transforma en una Cooperativa?
Tres cositas muy simples. Sea la primera que dentro de una línea amplia pero firme, que se pasea por diversas corrientes de pensamiento, este Desacato es hecho, escrito, dibujado y filmado por gente anticapitalista y antiimperialista. Sea la segunda que resuelto lo anterior, no se censura a nadie, no se patrulla a nadie, por eso estamos juntos los de adentro y los de afuera hace más de 4 años. La última sos vos. ¿Qué haces leyendo esto hace tanto tiempo? ¿Y vos que llegaste ahora, qué te ha gustado de nosotros? Porque vos sos la razón más importante, nos diste credibilidad, nos obligaste a mejorar, a crecer, a sustentarnos y a terminar creando esta 1ª. Cooperativa Pela Soberanía Comunicacional y Popular (que reposará en el nombre legal de Cooperativa de Producción en Comunicación y Cultura). Es con vos ese compromiso que nace, con los trabajadores, los estudiantes, los pequeños, los que son siempre la mayoría. Es con vos y con nosotros, con los que producimos Patria Latinoamericana y Caribeña, con los abrazadores del mundo en paz, con los hijos de la Pacha Mama, con los jodidos.
Un día de estos te digo cómo funciona este asunto de la cooperativa, para ver si vos hacés una en tu ciudad, en tu pueblo, en tu región o en tu universidad, colegio, comunidad. Pero no sé todavía cómo funciona. Vos me vas a enseñar y cuando vengan de la universidad a preguntarme por qué la Cooperativa de Producción en Comunicación y Cultura tuvo tanto éxito en los primeros cinco años, les diré que hablen contigo, que te pregunten por qué quisiste liberar la palabra de los que no tienen voz. Por qué decís lo que los poderosos no quieren escuchar y por qué tanta y tanta gente te cree. Ahí se te pondrá clarito que nosotros no fuimos, fuiste vos que creaste Desacato.info y su flamante cooperativa. ¿Tomas un café?
