Por Ariovaldo Ramos.
Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade (2 Co 13:8). Não há dúvida quanto a esta afirmação. A verdade é eterna por definição. Entretanto, quantas vezes a verdade terá de ser dita e repetida até derrubar a mentira? Esta é a questão que deve ocupar a nossa atenção na luta contra o que tem sido chamado de “notícia falsa”. E aqui se encontra o grande problema: é uma mentira que se apresenta com o aparato da notícia. Ou de, aparentemente, defensável política, dando ares de credibilidade. É mais do que uma mentira proferida por qualquer motivo, trata-se de uma urdidura.
Quem tem acesso aos gabinetes que a elaboram percebe que se trata de uma estrutura de guerra, aliás, tem sido tratada como parte do que é chamado de “guerra híbrida”.
A sociedade pode e deve agir em relação a essa onda de falsificações e desvios chamando a atenção para o fato de que a certeza da vitória da verdade não pode substituir a denúncia da mentira e a disciplina do mentiroso.
A disciplina ao mentiroso consiste em incriminá-lo e despojá-lo de qualquer credibilidade. Isto significa, para além de escancarar a falsidade, impondo a verdade, denunciar e incriminar o mentiroso, levá-lo ao banco dos réus. É o mínimo que esperamos, por exemplo, da CPI do genocídio.
A mentira tem fôlego curto, mas, produz desastre a cada respiração, por isso tem de ser calada o mais rápido possível.