Por Raul Fitipaldi, para Desacato.info
Não importa quantos milhares de pessoas tenham que morrer para que os negócios das grandes potências continuem multiplicando o lucro doentio e sigam engordando suas contas obscenas. O capital sempre comemora, em sua loucura estagnadora, ultra conservadora, a morte dos outros e das outras.
Neste momento da história nada é mais vexatório que o genocídio perpetrado na Palestina pelo invasor sionista de Israel, com a cumplicidade passiva dessa fantasia que chamamos de comunidade internacional. Não é uma passividade qualquer a que assalta, assim como não são só os milhares de mortos, os milhares de crianças mortas, de mulheres, idosos, jornalistas, médicos, enfermeiros, pessoal de assistência, o que espanta. É a covardia planejada, miserável, rasteira do restante do mundo.
A humanidade presencia a confirmação repugnante de que há sociedades que as grandes potências, especialmente as ocidentais, consideram de primeira, de segunda e de terceira categoria. Nessa lógica há também seres humanos de primeira, segunda, terceira, quarta e vá saber quantas outras categorias em uma linha descendente que não conhece o fim.
O povo indígena palestino não é do interesse de ocidente, mas também não é do interesse das potências petroleiras vizinhas. A vida do povo da Palestina é, há mais de um século, a moeda de troca dos diferentes imperialismos que visam o controle da região, tanto pela sua importância energética como estratégica. Inglaterra usou Palestina para seus interesses e depois os Estados Unidos, já com a entidade sionista constituída como estado de ocupação, abençoou a carnificina do povo palestino compactuando com os interesses dos invasores, que também são os seus. Mas não só os Estados Unidos é uma potência responsável. Palestina ocupada e dizimada é também um produto dos acordos da Guerra Fria entre os vencedores do nazismo.
A mídia mundial joga seu papel encobrindo como nunca se viu antes o genocídio. Falam de guerra e mentem, não existe guerra de um só agressor. Também para essa mídia pro sionista os palestinos estão aí como um empecilho aos interesses dos seus financiadores principais. Disfarçam o genocídio com a mentirosa história do conflito religioso. Mercadores, sabem demais que não é assim. Sabem demais que com a teoria dos dois demônios só ocultam sua cobardia e os negócios das empresas sionistas, norte-americanas e dos seus aliados. Os que fazem seus negócios e bancam os negócios da grande mídia.