A comunicação da UFSC

    comunica

    Por Elaine Tavares, jornalista 

    Poucas vezes na história da UFSC a comunicação entre a universidade e a comunidade esteve tão ruim. A opinião pública é bombardeada com informações desde fora – quase sempre negativas – e, desde dentro a universidade não consegue estabelecer um diálogo real com a cidade. Há uma aposta nas mídias eletrônicas e sociais, sem eficácia. Perde a gestão, perde a comunidade universitária e perde a cidade, que fica com uma visão distorcida dos fatos que acontecem na UFSC. A universidade não consegue falar de si, passando uma visão amadora da administração e de todo o seu quadro de trabalhadores. A reitora parece estar orientada a não falar com os jornalistas e a não responder as críticas. Ela está blindada pela assessoria, deixando de ser uma fonte acessível aos profissionais de imprensa, perdendo a oportunidade de se colocar como sujeito político não só no que diz respeito a vida da universidade, mas também com relação aos grandes temas locais, como é o caso do Plano Diretor.

    Apesar de contar com uma agência de comunicação, que já foi modelo em nível nacional, a nova administração preferiu atuar desde o gabinete, destruindo, inclusive, a política pública que há décadas vinha sendo construída pelos trabalhadores e dirigindo a forma de comunicar na universidade. A primeira atitude, logo no início do mandato, foi rebaixar o status da agência. Foi retirado o cargo de direção e a agência virou uma coordenação, apenas com chefia, totalmente subordinada ao gabinete. Toda a produção passou a ser comandada a partir da administração central por uma professora do Curso de Jornalismo que não estabeleceu qualquer vivência cotidiana no espaço da agência, enquanto os jornalistas de carreira passaram à condição de cumpridores de ordens vindas de cima, sem participação no debate da nova linha de comunicação imposta. É bom que se lembre que a Agência de Comunicação da UFSC, historicamente, quase sempre foi dirigida por jornalistas do quadro. Essa foi uma batalha travada pelos Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) durante muito tempo e vencida, marcando um espaço de respeito pelos profissionais que ali atuam e que, tal e qual um professor, tem capacidade técnica e política para atuar no cargo. Apenas em duas situações – muito particulares – um professor do Curso de Jornalismo assumiu a condução dos trabalhos, e nessas duas oportunidades os problemas foram muitos.

    O primeiro desses mandatos de docentes teve como protagonista o professor Bonifácio Bertoldo (originário da filosofia, mas atuando no jornalismo) e a reação dos trabalhadores foi imediata. A gestão foi conflituosa e durou poucos meses, com os TAEs garantindo o espaço e a atuação. O segundo professor do Curso de Jornalismo a assumir a Agecom foi Áureo Moraes, que também teve muita oposição, uma vez que assumiu o comando da agência num momento muito singular, em plena greve de TAEs e de professores na UFSC, pegando os trabalhadores da agência de surpresa. Na verdade, foi um golpe dado pelo então reitor Rodolfo Pinto da Luz, que queria uma comunicação chapa branca e aproveitou-se do momento em que boa parte dos trabalhadores estava em luta, fora do espaço de trabalho, para fazer a mudança, exonerando o então diretor, um TAE, sem qualquer conversa. A partir desse fato único, a gestão do professor do Jornalismo que se seguiu foi bastante polêmica, com casos de censura a jornalistas do quadro, impedimento do exercício profissional e de assédio moral. Quando, por fim, a agência voltou a ser dirigida por um técnico-administrativo, estava já bastante debilitada, uma vez que vários trabalhadores saíram do setor.

    É fato que para os trabalhadores da época, grupo no qual eu, inclusive, me incluía, o grande debate nem era se o novo diretor era ou não professor. A polêmica se deu em função da forma como o reitor Rodolfo Pinto da Luz e seu vice- Lúcio Botelho, conduziram a questão, sem nenhum diálogo e de forma sub-reptícia, num momento de greve. Por outro lado, a luta dos TAES, que levou mais de 20 anos, para que a agência fosse reconhecida como um espaço de comunicação institucional, profissional, também estava em jogo. Afinal, ao trazer um professor do Curso de Jornalismo para dirigir a agência, o reitor buscava também tornar o espaço um local de ensino, com os estudantes do curso fazendo o trabalho de jornalistas profissionais. Coisa com a qual os trabalhadores não concordavam e queiram discutir. Mas, não houve diálogo. O próprio processo de trabalho mudou totalmente, com o novo diretor, dizendo na primeira reunião de equipe: “a democracia que havia aqui, acabou”. E assim foi. Com ele, a política pública de comunicação criada e desenvolvida pelos trabalhadores, ganhadora do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e modelo para boa parte das agências que se criaram nas universidades brasileiras, foi negligenciada.

    Com o retorno de Moacir Loth, trabalhador técnico-administrativo, jornalista de carreira, à direção da agência, pós-Áureo Moraes, o processo de política pública foi sendo retomado, mas andou bastante capenga, na medida em que divergia do projeto dos reitores Lúcio Botelho e Álvaro Prata que, de certa forma, eram uma continuidade do projeto rodolfista. Ainda assim, aos trancos e barrancos, foi mantido o Jornal Universitário (JU), histórico periódico da UFSC, de tiragem quinzenal, com algum espaço para a opinião crítica e reportagens sobre temas da UFSC e da política nacional. O JU sempre se caracterizou por ser, com seus limites, um dos espaços de comunicação mais importantes e democráticos da instituição. A vida da comunidade universitária e sua relação com a conjuntura nacional passava por ali. Grandes reportagens eram produzidas, o debate fluía. Mas, com o passar do tempo também o JU foi escasseando, aumentando o intervalo entre uma edição e outra, e a política de trabalho assumiu cores mais oficialistas. Ainda assim, um pequeno grupo resistia, fazendo o jornal, apostando na reportagem, garantindo a opinião divergente, além de começar o trabalho de entrada no mundo virtual das redes sociais e outras parafernálias tecnológicas.

    Gestão Roselane/Lúcia

    Agora, na gestão Roselane/Lúcia – que se elegeu no escopo de um projeto mais progressista – já não há mais vestígios nem da antiga política pública de comunicação, nem do Jornal Universitário, que simplesmente sumiu do mapa. A comunicação tornou-se unicamente on-line, sem espaço para o debate público acerca dos problemas e desafios da UFSC, o que sempre aconteceu através das opiniões que eram publicadas no JU. Para avivar a memória é bom lembrar que a política pública de comunicação da UFSC foi elaborada em 1987 pelo grupo de jornalistas que atuava na agência, e tinha como objetivo fugir da lógica redutora do jornalismo chapa-branca (oficialista), buscando realizar uma comunicação capaz de articular as várias correntes de pensamento dentro da instituição, com prioridade para os fatos jornalísticos, comunicação crítica e bastante espaço para a opinião, gerando intenso debate dentro e fora da universidade. Numa instituição conservadora como a UFSC a proposta até que durou muito tempo, sempre defendida pelo grupo de jornalistas do quadro, e foi ponta de lança de um movimento que se espalhou pelas agências de comunicação das universidades federais. Muitas delas foram organizadas aos moldes da Agecom da UFSC.

    E o interessante é que nos fóruns realizados pela administração, antes de iniciar o mandato, o tema da comunicação foi bastante discutido. Todos os jornalistas foram ouvidos e, sem dúvida, a maioria deles destacou a política pública de comunicação como um avanço importantíssimo que não poderia sofrer revés, ao contrário, deveria ser retomada com toda a força, para se diferenciar da mediocridade com que as administrações anteriores haviam tratado o tema, optando pelo oficialismo e pela falta de espaço crítico. Mas, a demanda dos jornalistas não foi escutada e a política que a nova gestão decidiu implantar em nada se identifica com o processo iniciado em 1987.

    Hoje, temas polêmicos como os que envolveram as panelas do Restaurante Universitário, a compra do prédio Santa Clara e o fechamento do campus, não encontram espaço de debate na comunicação institucional. Outros, como as 30 para os TAEs são escondidos ou desvirtuados. A administração se comunica através de notas explicativas, oficiais, que circulam apenas na internet, com textos insossos, sem contextualização, sem interpretação dos fatos e, por vezes, sem informação de qualidade. Ou seja, não se faz jornalismo. O que existe é uma comunicação aos moldes da comunicação empresarial, propagandística. Mas, não da universidade, e sim da gestão. Nesse sentido, a UFSC vai perdendo o debate na mídia. Na medida em que age como uma “empresa”, perde credibilidade. Passa a impressão de que é dirigida por amadores, incapazes de se comunicar com a comunidade externa e interna.

    E é importante ressaltar que isso não se dá por falta de competência do quadro de jornalistas. É simplesmente a escolha por uma nova política que não dá espaço para a autonomia e o espírito crítico dos trabalhadores. Assim, em vez de a administração atuar potencializando o diálogo com a comunidade através dos instrumentos de comunicação, ela os subutiliza, desconstrói e prefere o modelo de respostas evasivas aos problemas que, primeiro, aparecem na imprensa comercial. É uma resposta reativa, que não expõe os problemas e evita a discussão em profundidade. Sabe-se que o grupo RBS abriu campanha contra a UFSC por conta do corte de verbas publicitárias, mas isso, por si só, não explica a desaparição da universidade dos meios de comunicação. Existe uma infinidade de jornais do interior, rádios, portais na internet que não são aproveitados com eficácia. O que aparece para quem está fora dos muros é a impotência da gestão em se pronunciar, o desprestígio para uma instituição tão importante como a UFSC e, fundamentalmente, a vitória de uma formação de opinião errônea sobre a universidade. Paradoxalmente, a UFSC, ao priorizar uma comunicação oficialista acaba indo contra a própria gestão. Ou seja, é um desastre.

    Na política pública de comunicação desenvolvida durante anos pelos trabalhadores da comunicação a lógica era definitivamente outra. Havia o entendimento de que se havia um problema na instituição, a universidade deveria ser a primeira a divulgar, apontar e dialogar na busca de soluções. O contato era direto e rápido com o problema e com a sociedade. Não se atuava na defensiva, justificando-se depois que o assunto era levantado desde fora, a partir de denúncias, inclusive, pouco críveis. O pensamento crítico, apesar de termos uma administração que foge da tradicional direita/negócio/maçonaria, não tem tido espaço por aqui. Muito menos a eficácia no uso das velhas e novas tecnologias. Há um apagão completo na comunicação.

    Novas mudanças, velhos métodos

    Sem qualquer discussão com os trabalhadores da Agecom, a proposta da nova gestão foi criar uma estrutura separada de assessoria à gestão, atuando desde o gabinete, com a Agência de Comunicação desempenhando papel absolutamente secundário e sem conexão cotidiana com o trabalho feito na reitoria. A assessoria, comandada pela professora do Curso de Jornalismo, Tattiana Teixeira, acabou centralizando todo o trabalho e definindo, em mão única, uma nova linha de comunicação, com ênfase nas mídias sociais e na informação ligeira. Mas, pelo que se percebe, tampouco isso está funcionando. O facebook da UFSC, por exemplo, tem pouco mais de 10 mil seguidores, num universo de mais de 50 mil pessoas, e ali não há qualquer interação. A página da Agecom, na mesma rede social, tem 56 curtidores. Descrédito na informação?

    Segundo Tattiana, a proposta de assessoria própria nasceu da equipe que realizou o trabalho de transição, da qual faziam parte ela, Paulo Liedke, Carlos Righi e Itamar Aguiar. O relações públicas Paulo Liedke, que assumiu a coordenação da Agecom por um curto espaço de tempo, confirma, mas problematiza. “A equipe sugeriu que a gestão tivesse uma assessoria, mas em nenhum momento se falou em perda de espaço para a Agecom. Pelo contrário, era para atuar integrada com a agência, jamais no modelo de subordinação como está atualmente”. Seria como a experiência vivida no período do reitor Diomário de Queiróz, quando houve um trabalho sistemático de acompanhamento das ações da gestão, especificamente, mas tudo feito por profissionais da agência. Paulo chegou a apresentar, quando ainda na direção da Agecom, uma proposta ao Fórum de Planejamento de Gestão, na qual havia justamente a sugestão de aprofundar a política pública de comunicação com a criação de um conselho de comunicação e o fortalecimento da Agecom. Tudo foi ignorado e ele mesmo foi exonerado do cargo. Na gestão de Roselane, a agência perdeu toda a sua autonomia e, junto com ela, qualquer iniciativa de potencializar uma comunicação capaz de chegar à comunidade. Tudo vem de cima.

    Agora, passado pouco mais de um ano de gestão, desde o dia 8 de novembro, a comunicação sofreu alterações, com a nova linha sendo ainda mais fortalecida, o que parece um contrassenso, visto que os resultados são ineficientes. Pois, a administração da UFSC criou um cargo específico, com status de direção, para coordenar não apenas a Agecom, mas toda a comunicação da instituição. Para tanto, acabou tirando o cargo de outro trabalhador técnico, do Centro de Eventos, espaço que também perdeu força. O novo cargo, de Direção Geral de Comunicação, está ocupado pela professora Tattiana Teixeira, que já dirigia a assessoria do gabinete, bem como a própria política que agora é respaldada e premiada pela gestão. No cargo, ela deve concentrar o comando da assessoria do gabinete, a Agecom, a TV UFSC e a Coordenadoria de Design e Programação Visual. Sobre isso tampouco houve qualquer anúncio por parte da reitoria e nem sequer a divulgação do fato. Tudo aconteceu internamente, numa prática bastante questionável do ponto de vista da democracia institucional. Os trabalhadores foram pegos de surpresa e, ao que parece, tampouco poderão intervir na política que já vem pronta do gabinete. Preocupa também o fato de a TV UFSC, justamente agora que se abre para além do cabo, cair nas redes de uma comunicação do estilo chapa-branca. Será um grande retrocesso.

    Em entrevista, a professora Tattiana afirma que a nova política vem para melhorar a comunicação, e reconhece que havia problemas. Mas, segundo ela, a separação entre a comunicação da gestão e a informação institucional dá mais agilidade ao processo e a Agecom pode seguir fazendo o trabalho de contato com a imprensa e os releases da instituição. Também alegou que se o Jornal Universitário não estava mais sendo feito era porque a própria equipe da Agecom havia decidido que não tinha mais como produzi-lo, uma vez que todos os terceirizados foram suprimidos do quadro. “Agora, com essa nova estrutura, vamos realizar um fórum e discutir com a comunidade sobre o que fazer com a comunicação”, disse. Tattiana acredita que é hora de avançar para novas experiências e não tem dúvidas de que a comunicação vai ser mais eficaz. Mas, se considerarmos a política de “fóruns” da gestão, já se pode ver que não avançará um milímetro do que já está definido.

    Como jornalista na UFSC e integrante do quadro da Agecom durante mais de uma década, apesar do otimismo da nova diretora, vejo com preocupação a forma como a comunicação da universidade vem sendo tratada e os rumos que toma. Numa instituição como a UFSC – e numa gestão diferenciada – os processos e decisões não deveriam ser tocados sem a participação de todos os profissionais. Tampouco pode ter uma comunicação oficialista, que retrate apenas a gestão. Há um universo de pensares, fazeres e gentes que precisam de espaço para se expressar. Esse espaço tem de ser o da comunicação pública. A Agecom já cumpriu esse papel de conter as opiniões divergentes e divulgar a vida que brota desde a instituição. Agora, o que se vê é o velho jornalismo chapa-branca se fortalecendo, atuando na defensiva, sem diálogo com os profissionais que atuam na comunicação, como se eles não fossem capazes de aportar ideias e propostas eficientes. Como se fossem apenas mão de obra para uma política que se formula desde fora, nos altos escalões, sem que a participação interna seja levada em conta. O nível dos profissionais que hoje estão na agência de comunicação da UFSC permite que eles sejam muito mais do que “fazedores de release”. Também se observa muita restrição na divulgação de temas polêmicos, como foi o caso da 30 horas para os TAES e a desaparição da cobertura cotidiana da vida da UFSC na página da instituição na internet.

    Assim, não se trata de ser contra esse ou aquele colega que, por questões que lhe são particulares, decidiram trabalhar com essa concepção de comunicação, com a qual, obviamente, não concordamos. Há nesse texto não uma crítica pessoal, mas uma análise da gestão Roselane/Lúcia, que se pauta por uma quase in/comunicação com a comunidade externa e pela ausência do diálogo e do respeito com os trabalhadores, jornalistas ou não, da Agência de Comunicação. Se a gestão entende que um professor do Curso de Jornalismo é mais indicado para comandar os destinos da Comunicação, está bem. Mas, seria de muito bom-tom que os trabalhadores, que lutaram uma vida inteira para garantir o respeito ao seu fazer, fossem ouvidos, consultados, escutados nas suas demandas. Segundo a professora Tattiana, em reunião recente com a equipe da Agecom, não encontrou nenhum descontentamento. Pelo contrário, diz, as pessoas estão bem contentes com as mudanças.

    Mas, nesse processo há que se problematizar. É bastante comum na UFSC a política do medo, principalmente quando há um controle acirrado da informação desde cima, como está sendo feito agora. Importante lembrar que alguns trabalhadores ligados à Agecom estão sofrendo processos administrativos ou sindicâncias e isso também leva a um certo receio de se expor. Nesse sentido, a “alegria” dos trabalhadores precisa ser relativizada.

    Agora, resta ver o que vai acontecer. Se a Agecom repetirá a velha estratégia redutora de misturar comunicação institucional com espaço de ensino do Curso de Jornalismo, se a Direção Geral de Comunicação permanecerá com uma política oficialista, ditada de cima para baixo, se continuará calando as opiniões críticas por não oferecer espaços de expressão. Se assim for, seguirá sendo uma postura antidemocrática, não esperada por quem se elegeu formulando um discurso que se contrapunha ao histórico autoritarismo vigente na UFSC. Um autoritarismo que, paradoxalmente, a não ser pelo período pontual de Rodolfo, sempre respeitou os trabalhadores da Agência de Comunicação, hoje reduzida a um espaço de produção de notinhas e releases ao estilo da comunicação empresarial.

    O tempo das reportagens e da contextualização da vida política brasileira e universitária está sepultado. Há um equivocado foco nas mídias sociais, com a aposta na informação ligeira e incensatória, que tampouco funciona. Com isso aprofunda-se o fosso entre a universidade e a sociedade. Assim, um projeto comunicativo que não se comunica é a derrota, não só da gestão, mas também da UFSC, no campo da constituição da opinião pública. Falta pensamento crítico na comunicação da UFSC.

    Fonte: Blog da Elaine Tavares Palavras Insurgentes

    Foto: Divulgação

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.