Campos dos Goytacazes, no Rio, é uma das cidades que aumentou sua participação na riqueza por causa do petróleo.
Mas em 2012, segundo o IBGE, as capitais tiveram a menor concentração da série histórica, iniciada em 1999
RBA/São Paulo – Embora cidades importantes tenham perdido participação no Produto Interno Bruto (PIB), a concentração de riqueza ainda é característica do país. Segundo o IBGE, apenas 5,8% dos municípios brasileiros (324 de 5.565) respondiam por 75% do total em 2012. Seis capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus – concentravam 25% do PIB. Mas a participação de todas a capitais, que somou 33,4%, foi a menor da série histórica, iniciada em 1999, quando o índice chegou a 38,7%. A cidade de São Paulo foi a capital com maior perda de participação (-0,2 ponto percentual), mas segue sendo a principal produtora de riqueza, com 11,4% de participação.
As cidades com maior participação do PIB em 2012 foram São Paulo (11,4%), Rio de Janeiro (5%), Brasília (3,9%), Belo Horizonte e Curitiba (1,3% cada), Manaus e Porto Alegre (1,1%) e Fortaleza (1%). Em relação a 2008, o município de São Paulo perdeu 0,4 ponto percentual e o Rio, 0,2. Em um período mais extenso, de 2002 a 2012, o estado de São Paulo recuou de 34,6% para 32,1%, enquanto a capital foi de 12,7% para 11,4%.
Conforme a pesquisa, 57 municípios, com 31,4% da população, são responsáveis por metade do PIB brasileiro. E um grupo de 1.334 cidades, aquelas com menor participação, concentrava 1% das riquezas e 3,3% da população. Locais com maior presença da indústria de transformação perderam espaço, enquanto aqueles mais ligados a commodities subiram no ranking. Assim, além de São Paulo, polos industriais como São Bernardo do Campo (SP) e Manaus diminuíram sua participação (para 0,8% e 1,1%, respectivamente), enquanto Campos dos Goytacazes (RJ) foi de 0,9% para 1% e Presidente Kennedy (ES), área petrolífera, passou de 0,22% para 0,26%. A cidade capixaba tinha, em 2012, o maior PIB per capita do país: R$ 511.967,24. O menor era o de Curralinho (PA): R$ 2.720,32.
Em 2012, o número de ocupados no país cresceu 2,2%, enquanto o rendimento real (descontada a inflação) aumentou 4,1%. Com isso, a massa salarial subiu 6,3%. Com as condições de crédito favoráveis, destaca o IBGE, a demanda doméstica continuou sendo o principal suporte da economia – o que fez aumentar o peso do setor de serviços, de 57,1%, em 2011, para 58,2%. A indústria, por exemplo, recuou de 23,5% para 22,1%, resultado puxado pela indústria de transformação (de 12,4% para 11%).
Fonte: Rede Brasil Atual