Após criticar medidas migratórias, republicanos processam governo Obama por reforma da saúde

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Horas após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciar medidas para regularizar a situação de cinco milhões de imigrantes, os republicanos classificaram nesta sexta-feira (21/11) a decisão como ato de “imperador” e um “estímulo” para entrada de mais estrangeiros sem documentação. Além das críticas, a bancada da oposição  apresentou nesta tarde um processo contra o chefe do Executivo e suas mudanças na reforma de saúde, também conhecida como “Obamacare”.
Uma das principais queixas da medida migratória veio do presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner. Para ele, a atitude de Obama “sabotaria” qualquer tentativa de se aprovar reformas no Congresso e ainda “encorajaria” mais pessoas a virem ao país sem documentação, colocando “suas vidas em risco”.
Nos últimos dias, a ala conservadora tem definido Obama como “monarca” que estaria abusando de seus poderes no Executivo ao tomar decisões por decreto e de forma unilateral. No início deste mês, as eleições legislativas resultaram em uma vitória do Partido Republicano no Congresso que promete limitar cada vez mais os projetos do líder norte-americano. Uma das propostas estudas, por exemplo, consiste em bloquear o financiamento das medidas de Obama
Além da questão migratória, a principal bandeira da campanha eleitoral de reeleição do presidente – o “Obamacare” –  também foi alvo dos republicanos. A maioria da bancada de oposição na Câmara dos Representantes apresentou hoje um processo contra a administração de Obama em uma corte federal pelas mudanças na reforma da saúde feitas pelo chefe do Executivo sem a autorização do Congresso.
“A Administração abusou repetidamente de seu poder usando as ações executivas para substituir a legislação”, diz o texto do processo contra a secretária de Saúde, Sylvia Burwell, e o secretário do Tesouro, Jacob Lew.

O outro aspecto do processo se refere ao que considera a “transferência ilegal” de US$ 175 bilhões às companhias de seguros médicos sob a lei para favorecer que pessoas de baixos recursos tenham acesso a um plano de saúde.

Segundo o Escritório de Orçamentos do Congresso, o governo pagará US$ 3 bilhões às seguradores e deverão desembolsar nos próximos 10  anos um total de US$ 175 bilhões sob o programa de custos compartilhados, com recursos que não foram autorizados pelo Congresso.
Essa batalha entre a administração de Obama e o Congresso de maioria republicana deve se acirrar nos próximos meses até o fim do mandato do atual mandatário. Além dos casos da medida migratória e da crítica às mudanças na reforma de saúde, o Senado de maioria republicana barrou na última quarta (19/11) um projeto de lei apoiado por Obama que tinha o intuito de reformar o sistema de vigilância dos EUA, limitando a coleta de dados feita pela NSA (Agência Nacional de Segurança).

Foto: Reprodução/Opera Mundi

Fonte: Opera Mundi

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