Viagem selecionará participantes para visitar comunidades indígena, camponesas e afrodescendentes
Uma viagem ao mais profundo de nosso continente. Essa é a proposta da Expedição Abya Yala, que realizará sua primeira edição em janeiro de 2015. Saindo da Colômbia, a expedição intercultural selecionará um grupo de 40 pessoas para visitar a comunidades e organizações camponesas, indígenas e afrodescendentes, terminando no Equador.
Durante o percurso, previsto para durar 30 dias, serão realizadas diversas atividades para promover o aprendizado, intercâmbio cultural e o respeito à Pachamama (Mãe Natureza), como palestras e rodas de conversa, trabalho comunitário, caminhadas e visitas a belezas naturais e lugares sagrados, participação em cerimônias e rituais e realização de oficinas entre visitantes e anfitriões. Além de visitar comunidades, o grupo também participará de conferências acadêmicas em universidades de renome nas grandes cidades.
“Trata-se de uma experiência absolutamente diferenciada de viagem. A ideia é ter uma vivência e intercâmbio com esses povos e comunidades, proporcionando contatos e redes para seguir trabalhando em projetos futuros, com base na solidariedade e na valorização cultural e política de nossos povos”, diz a Alejandra Martínez, que é diretora executiva do programa.
De acordo com os organizadores, a expedição busca a integração latino-americana e um maior entendimento da realidade do subcontinente. “Enfrentamos múltiplas crises no mundo atual e acredito muitas das respostas e alternativas para sair delas podem ser encontradas nesses povos que foram historicamente inferiorizados, mas que agora ganham protagonismo. Eles guardam pensamentos e práticas que podem ser fundamentais para uma humanidade mais justa e uma natureza mais harmoniosa”, ressalta o brasileiro Vitor, diretor institucional.
O projeto encontra-se atualmente captando fundos por meio microdoações voluntárias no site Idea.me (http://idea.me/projetos/21101), maior rede de financiamento colaborativo da América Latina. Para quem colaborar com doações, o projeto oferece distintos reconhecimentos que vão desde reconhecimentos no site ou envio de fotos e crônicas da expedição até presentinhos físicos como artesanato da Colômbia e do Equador.