Uma diretora secreta do governo dos Estados Unidos autoriza o uso da força militar, inclusive os drones, contra cidadãos norte-americanos em casos de instabilidade interna, informou o jornal The Washington Times.
Um funcionário do Pentágono que se opõe à regulamentação, que data de 2010, disse ao jornal que “este parece ser o passo mais recente na decisão da Casa Branca de utilizar as instituições armadas contra seus próprios cidadãos dentro do país”.
O documento, conhecido como Diretiva 3025.18, “Apoio do Departamento de Defesa às Autoridades Civis,” foi emitido em 29 de dezembro de 2010, e outorga aos chefes militares uma autoridade de emergência” para usar a força militar em casos de emergências extraordinárias, inclusive sem a autorização do governo federal.
Analistas citados pelo Times apontam que existe uma tendência em agências federais que não têm funções de segurança, a criar suas próprias unidades armadas ao estilo dos chamados Swat (Armamentos e Armas Especiais) que se subordinam às forças da ordem.
Entre as entidades do governo que criaram essas unidades estão os Departamentos de Agricultura e de Educação, a Junta de Aposentados da Ferrovia, a Autoridade do Vale do Tennessee, entre outros.
Esta medida provoca questionamentos à respeito de se a administração do presidente Barack Obama socava as liberdades civis sob o pretexto da luta contra o terrorismo e o narcotráfico, sustenta o artigo publicado no site do Washington Times.
Em abril desse ano um tribunal federal ordenou a abertura de documentos a partir de uma demanda da União Americana de Liberdades Civis e do jornal The New York Times, que solicitava apresentação dos fundamentos jurídicos dos ataques aéreos com aviões não-tripulados contra cidadãos norte-americanos.
A impugnação ocorreu depois de que em 2011 Washington ultimou no Iêmen o clérigo nascido nos Estados Unidos Anwar al-Awlaki, assim como os estadunidenses Samir Khan, filho de al-Awlaki, Abdulramán al-Awlaki, e de Jude Mohamed, que faleceu em uma agressão teledirigida no Paquistão.
Fonte: Prensa Latina.