Os indígenas paraguaios, vítimas emblemáticas da exclusão social, decidiram exigir o respeito a seus direitos ante a 44ª Assembléia Ordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acontece a partir do próximo dia 3 de junho, em Assunção.
O desalojo de suas terras ancestrais por latifundiários e pelo desenvolvimento sem controle da agricultura extensiva, a falta de acesso a vitais direitos humanos como a saúde e a educação e a discriminação social são reclamações permanentes dos indígenas no Paraguai.
Uma audiência pública sobre o tema, celebrada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, foi palco para que representantes das diferentes etnias chegassem a acordos sobre ou que pretendem entregar à reunião do organismo regional.
A abordagem dos povos originários tem como tema central o “desenvolvimento com inclusão”, proposto pelo país anfitrião. A audiência efetuada na véspera culminou em uma série de reuniões similares realizadas nos diferentes departamentos paraguaios onde existem agrupamentos de indígenas e reclamações constantes pela violação de seus direitos humanos.
Os pedidos para uma manifestação da OEA nesse sentido vão de encontro, ademais, com a resolução apresentada pelo Brasil contra todo tipo de discriminação. Este tema, que deve ser levado ao plenário da Assembleia, se converteu em parte de um debate pela decisão do Paraguai de negar apoio à proposta brasileira.
Organizações defensoras de direitos humanos que condenam a discriminação por preferências sexuais, gênero, cor da pele e possibilidades econômicas, começaram a se pronunciar em demanda de uma mudança na posição oficial paraguaia.
Fonte: Portal Vermelho.
Foto: Reprodução / IPSNews