Nesta quarta-feira (21) movimentos sociais de diversas partes do mundo vão se reunir no dia internacional Anti-Chevron. As manifestações exigem que a petroleira reconheça sua responsabilidade por graves crimes ambientais cometidos ao longo da história.
O mais grave deles ocorreu no Equador, onde a Chevron despejou 17 milhões de barris de petróleo na região amazônica do país ao longo de 28 anos de exploração. Os danos causados para o meio ambiente foram enormes. O acúmulo de petróleo e elementos tóxicos na água dos rios foi responsável por mortes e doenças das populações indígenas locais. No ano passado, o presidente Rafael Correa visitou a área atingida para recolher resíduos de petróleo dessas piscinas denunciando o que seria a “mão suja” da Chevron. A região contaminada tem mais de 3 mil quilômetros quadrados e ficou conhecida como a “Chernobyl da Amazônia ”.
A empresa chegou a ser condenada em 2011 a pagar mais de 9 bilhões de dólares pelos danos ambientais causados ao país, mas conseguiu uma decisão favorável da justiça norte-americana que acusou os advogados dos povos atingidos de fraude perante a corte.
O Brasil também sofreu os impactos sócio-ambientais causados pela Chevron. Em 2011, um vazamento de 3 mil e 700 barris de petróleo num poço da empresa no Campo de Frade, no Rio de Janeiro, resultou numa multa de 50 milhões de reais. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, a empresa não fez a devida análise de risco antes de perfurar o poço, o que poderia ter evitado o vazamento.
Os protestos estão sendo liderados por movimentos equatorianos. Argentina, Brasil, Estados Unidos, Nigéria e Romênia também promoverão atos contra a empresa. No Rio de Janeiro, a mobilização pelo dia internacional Anti-Chevron está marcada para amanhã (21), na sede da empresa, localizada na Avenida da República do Chile, número: 230, ao meio dia. (pulsar/combate ao racismo ambiental).
Fonte: Agência Pulsar.