A Autoridade Nacional Palestina (ANP) denunciou, nessa quarta-feira (14), que Israel prendeu cerca de 800 mil cidadãos palestinos, desde 1967. Desses, 15 mil mulheres e dezenas de menores. As prisões começaram durante a Guerra dos Seis Dias, quando Israel ocupou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, até o final de 2013.
Atualmente, 5 mil palestinos estão detidos em prisões israelenses, a maioria na Cisjordânia ocupada. Destes, 476 foram condenados a uma ou várias prisões perpétuas. Entre estes presos há 19 mulheres e 200 menores, assim como centenas de jovens que completaram a maioridade na prisão.
A ANP ainda denunciou que 205 palestinos morreram desde 1967 em prisão: 73 devido a torturas, 53 por falta de atendimento médico, 72 assassinados logo após serem detidos e sete por disparos dos guardas dentro das prisões.
Os dados foram revelados em um memorando que a ANP entregou aos países da Liga Árabe no Cairo, por ocasião da comemoração do Dia do Prisioneiro Palestino no próximo sábado (N. da R.: hoje 17 de maio). A ANP lamentou que “não há família que não tenha sofrido a detenção de um de seus membros” e que alguns cidadãos palestinos foram detidos várias vezes.
O texto publicado também afirma que as detenções afetaram sem exceção todas as camadas da sociedade palestina, desde idosos a deficientes físicos e doentes, passando por acadêmicos e artistas.
Fonte: Brasil de Fato.