Greve geral começa no Paraguai

Foto de @maiaraoliveiras
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Assunção, 26 mar (Prensa Latina) A greve geral contra a política econômica e social do governo começou no Paraguai desde o primeiro minuto desta quarta-feira.

Sindicatos agrupados nas seis centrais sindicais nacionais, organizações camponesas de todo o país, jovens da União Nacional de Estudantes e partidos políticos de esquerda respaldam a medida de força.

Com a chegada desta madrugada, representantes dos diferentes setores que apoiam a greve proclamaram seu início em um ato realizado na explanada, situada em frente à Catedral, no chamado microcentro desta capital.

Previamente, milhares de camponeses que se transportaram em caminhões vindos dos municípios do norte paraguaio e outros muitos que chegaram de áreas próximas a Assunção se uniram aos representantes das centrais sindicais para reafirmar as consignas fundamentais.

Três frentes principais aglutinam a maior parte dos participantes na greve: a plenária de Centrais Sindicais, a Federação Nacional Camponesa e a Coordenadora Democrática, esta última formada por partidos políticos e organizações sociais.

 No entanto, todos coincidem em uma série de reivindicações dirigidas a conquistar uma mudança no modelo até agora aplicado pelo governo do presidente Horacio Cartes, ao qual qualificam de neoliberal e sócio dos grandes interesses econômicos multinacionais.

A pauta de reivindicações que unem todos os setores são a reforma agrária, o pedido de revogação da privatizadora Lei de Aliança Público-Privada implementada por Cartes, aumento salarial de 25%, melhoras na educação e na saúde pública e o cessar da repressão no campo.

Marcha dos grevistas pelas áreas centrais de Assunção, realização de 16 pontos de protesto nesta capital e na Cidade do Leste e fechamento temporário de estradas no interior do país, estão programadas para a jornada de hoje.

 A greve culminará com uma grande concentração pela tarde na emblemática Praça das Armas, em frente ao Congresso Nacional, palco de numerosos protestos anteriores.

 Ainda que inicialmente o governo tente minimizar a mobilização, a convicção do nível que atingirá o protesto lhe obrigou a designar uma comissão encabeçada pelo vice-presidente da República para instalar mesas de diálogo com os setores grevistas a partir desta manhã.

 A comissão oficial está integrada, além do vice-presidente Juan Afara, por 11 ministérios e terá que enfrentar a proposta sindical e camponesa de negociar a alteração das decisões adotadas até agora nas áreas econômica e social.

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