Os assentamentos israelenses são colônias construídas por Israel após a Guerra dos Seis Dias em 1967 em territórios que não lhe correspondem, ou seja, são territórios invadidos e ocupados. Atualmente, os assentamentos se localizam na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Altos do Golão, com uma população de quase 700.000 colonos até 2009. Numerosas resoluções da ONU tem condenado a política de assentamentos ilegais exigindo seu desmantelamento e evacuação (resolução 446 do Conselho de Segurança, resolução 445, resolução 298 especificamente em relação a Jerusalém Oriental, mas a resposta sionista tem sido a construção de mais assentamentos. Isto viola o artigo 49, último parágrafo, da IV Convenção de Genebra de agosto de 1949 em relação à proteção a pessoas civis em tempos de guerra, ratificada em 1951 por Israel. Juridicamente esta atividade de colonização israelense pode ser qualificada como crime de guerra, de acordo com o artigo 8,2, b) do Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional, que não foi ratificado por Israel.
Desde o ponto de vista ambiental, também se viola o artigo 49 da Convenção de Genebra que estabelece: “A Potência ocupante não poderá proceder à deportação ou à transferência de uma parte da sua
própria população civil para o território por ela ocupado”. As confiscações de terra, a construção de estradas secundárias, o esgotamento das fontes de água, o desperdício de água, os resíduos sólidos domésticos e industriais e as escavações israelenses produzem um grande impacto sobre o meio ambiente, o que prejudica, ainda mais a vida dos palestinos que se veem despojados das suas terras, propriedades e até da água potável.
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A Judaização da Palestina
Além da construção desses assentamentos por parte do Estado de Israel, há um processo em andamento de judaização da Palestina que consiste em negar qualquer traço relativo a existência de vida palestina, além da “transferência” dos moradores árabes para outras regiões que são transformadas completamente. Exemplos disso são os numerosos parques de lazer construídos sobre antigas aldeias palestinas com um visual europeu impróprio para essa área do mundo.
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