Durante o 14 de março, atingidos reafirmam luta que já dura mais de trinta anos contra a barragem de Itapiranga e cobram melhorias na qualidade da energia elétrica na região
Como parte da Jornada pelo Dia Internacional de Luta Contra as Barragens, pelos Rios, pela Água e pela Vida, mais de 300 pessoas realizaram um ato popular no dia 14 de março em Itapiranga, município de Santa Catarina, para cobrar melhorias na qualidade da energia elétrica na região, contra os altos preços das tarifas de energia e contra o projeto da barragem de Itapiranga.
A mobilização foi organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), juntamente com vereadores, prefeitos, deputados, sindicalistas, agricultores, pescadores, comunidades locais, integrantes da igreja e da Plataforma Operária e Camponesa da Energia.
Os manifestantes saíram de passeata pelo centro da cidade, carregando faixas e cartazes que estampavam mensagens contra a possível morte do rio Uruguai, onde está prevista a construção da hidrelétrica de Itapiranga.
Após percorrer todo o centro, a marcha seguiu até o escritório da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc), onde foi entregue uma pauta para ser debatida com a diretoria da empresa. Nela, os movimentos cobram melhorias na qualidade da energia distribuída e soluções para os constantes apagões na região, que estão trazendo prejuízos aos produtores e ao comércio. Esta mesma pauta de reivindicação será entregue à empresa Rio Grande Energia, empresa responsável pela distribuição de energia no Rio Grande do Sul.
A caminhada se encerrou no escritório da Eletrosul/Eletrobrás, onde também foi entregue uma pauta solicitando o fechamento do escritório da empresa na região e pedindo o cancelamento da barragem de Itapiranga, que ameaça mais de 1500 famílias que resistem há mais de 30 anos ao projeto.
Fonte: MAB.