O primeiro dia de greve dos trabalhadores do Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, extremo sul de Santa Catarina, teve adesão de 70% dos 70 trabalhadores
Por Maristela Benedet.
O atendimento de emergência e assistência aos pacientes internados estão sendo mantidos. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Estabelecimentos da Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Cléber Ricardo Cândido, somente o setor administrativo não aderiu ao movimento e alguns trabalhadores entraram para manter os serviços essenciais para não prejudicar o atendimento à população. “A greve é pelos salários atrasados de fevereiro e de alguns funcionários que não recebem há mais de três meses. Buscamos conversar com a direção do hospital para resolver o entrave, mas não tivemos resposta e, sem negociar a greve segue por tempo indeterminado”, disse o sindicalista.
Além dos salários, o protesto é reflexo de outros problemas na entidade que estão ocorrendo há cerca de um ano. Os vencimentos estão pagos com atrasos de 20 a 30 dias. A falta de pagamento no prazo ocorre ainda com 13º salário e o FGTS e INSS não estão sendo recolhidos. “A entidade tem um passivo trabalhista desde 2009 de R$ 1,7 milhão deixada pela empresa que administrava o hospital naquele período. “Existem vários trabalhadores que se desligaram e não receberam os créditos trabalhistas e, outros que estão se aposentando sem receber seus direitos”, afirma.
A paralisação foi aprovada em Assembleia realizada dia 25 de fevereiro. O hospital atende toda a região cerca de 60 mil habitantes desde Passo de Torres a Araranguá. Os pacientes exclusivos são de Sombrio, Gaivota, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Ermo entre outros.
Fonte: CUT-SC.