11 de março de 2014.
Hoje Michelle Bachelet recebeu de mãos da filha de Salvador Allende a faixa presidencial no irmão mais austral da Nossa América, o Chile. O vice-presidente do Império, Joe Biden, dedicou suas últimas horas de viagens em visitar o México, a Colômbia e o Peru, últimos redutos importantes das oligarquias da Nossa América, ainda patrocinados pelos Estados Unidos, além dos golpeados Honduras e Paraguai, e sua “nova estrela”, Panamá. Biden criticou Venezuela. Bachelet respondeu em alto e bom som seu apoio à democracia bolivariana e ao Presidente Maduro.
No último domingo, a Frente Farabundo Martí e seus aliados de centro-esquerda, confirmaram outro período de governo em El Salvador. O discurso da direita, depois dos resultados, foi de insultos à Venezuela bolivariana e a Cuba. Não aprendem.
Mesmo que aos trancos e barrancos, Nossa América mudou e o tamanho do quintal do Império se reduz consideravelmente. A vitória da Venezuela na decrépita OEA, 29 países contra 3 (EUA, Canadá e Panamá) demonstra que até em suas instâncias gerenciais o imperialismo está sendo derrotado. Porém, não é momento de ufanismos, há erros e condutas a serem corrigidos, no Brasil especialmente, para nos afastarmos definitivamente da garra imperial e euro-centrista.
Nos festejos da Edição 100 do nosso Boletim Semanal ‘Desacato passa Revista’, tivemos a oportunidade de dar voz e imagem ao debate sobre o funcionamento das Comissões da Verdade em Santa Catarina.
Recuperar a memória, transparecer a verdade e dispor-se a fechar um capítulo horrendo da história do Brasil e da Nossa América, atingida pelos interesses dos Estados Unidos e da Velha Europa, é trabalho de todos, e em particular de veículos como nosso Portal. Nossa América mudou. Há que sustentar essas mudanças, corrigir e avançar.
