Presidente do Chade pede à ONU resolver crise em R. Centro-africana

Presidente do Chade, Idriss Deby
Presidente do Chade, Idriss Deby

N’Djamena, 19 fev. O presidente do Chade, Idriss Deby, pediu à ONU que utilize todos os meios necessários ao seu alcance para resolver a crise na República Centro-africana (RCA), que se desenvolve hoje por uma estendida violência intercomunitária.

Levando em consideração que forças francesas de intervenção e da União Africana, independentemente de sua vontade, não têm podido cumprir de forma adequada a missão, Deby fez o apelo às Nações Unidas para que retorne a paz à RCA.

O governante reconheceu para a imprensa que tais ações precisam de mais homens e dinheiro, mas argumentou que a única instituição com a capacidade de enfrentar essa situação é a ONU.

Meios de comunicação de rádio indicam que apesar de um período de calma em Bangui, capital centro-africana, o panorama continua sendo tenso nas províncias, onde se registraram 11 mortos após um novo confronto entre milicianos anti-Balaka e soldados da Missão Internacional de Apoio à RCA (Misca).

A crise se apoderou desse país desde que, em março de 2013, uma coalizão rebelde de maioria islâmica, os Séléka, derrocou ao presidente François Bozizé e sangrentos confrontos tomaram um caráter confessional entre cristãos (80 por cento da população) e muçulmanos.

Uns mil 600 soldados franceses se deslocaram em dezembro passado nesse país, como parte da chamada Operação Sangaris e no marco de um mandato das Nações Unidas, junto a uns quatro mil militares da Misca.

Sob esse panorama, a ex-prefeita Samba-Panza substituiu no governo o ex-chefe dos rebeldes de Séléka Michel Djotodia, que depois de semanas de violência interétnica, junto ao seu premiê, Nicolás Tiangay, notificaram sua renúncia no último dia 10 em N’Djamena, capital do Chade.

Apesar dos esforços e da vontade de Samba-Panza de organizar a sociedade, não se apagam as deflagrações interétnicas e os ataques a civis que, até à data, deixaram centenas de mortos e quase um milhão de refugiados, além do agravamento dos problemas humanitários na RCA.

Estimativas da ONU revelam que ao menos duas milhões 300 mil pessoas – certa da metade da população- necessitam de assistência urgente em matéria de alimentação, saúde e refúgio.

Fonte: Prensa Latina

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