Vice-almirante Michael S. Rogers, que ainda ser confirmado pelo Senado, vai substituir Keith Alexander
O presidente norte-americano Barack Obama vai indicar o vice-almirante Michael S. Rogers como novo diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA, da sigla em inglês), que é responsável pelas operações de espionagem do país, informaram nesta quinta-feira (30/01) os jornais The New York Times e USA Today. Ele substitui o general Keith Alexander, que vai se aposentar em março.
Rogers, que é especializado em criptografia, assume o cargo em meio às revelações de espionagem de líderes mundiais feitas pelo ex-agente Edward Snowden, que está asilado na Rússia.
Para assumir o cargo, ele precisa ser aprovado no Senado, onde deve enfrentar questionamentos sobre as atividades de espionagem da NSA. Atualmente, Rogers é responsável pela parte de guerra cibernética da Marinha dos EUA.
Mudanças
O governo dos EUA afirma que a saída de Alexander estava prevista. Porém, isso não impediu que, após reclamações de chefes de estado de todo o mundo, Washington anunciasse mudanças na agência em meados deste mês – entre elas, de que líderes de nações aliadas não serão mais espionados, “a menos que exista um forte motivo de segurança nacional”.
Obama também anunciou que os dados telefônicos coletados pelas agências de inteligência dos EUA deixariam de ser controlados pelo governo, mas ficariam sob a tutela de um setor privado e independente.
Sempre que precisarem acessar esse banco de dados, os agentes norte-americanos terão que obter autorizações judiciais específicas do tribunal secreto de vigilância (Fisa, em inglês).
O escândalo de espionagem e monitoramento em massa deflagrado há seis meses pelo ex-analista da NSA Edward Snowden abalou a relação dos EUA com alguns países. Documentos revelaram que a presidente Dilma Rousseff foi monitorada, bem como seu colega mexicano, Enrique Peña Nieto, e a chanceler alemã, Angela Merkel. Países europeus também vêm criticando duramente as medidas adotadas pelos EUA, sendo que uma comissão foi criada no Parlamento da União Europeia especificamente para analisar o tema.
Foto oficial da Marinha dos EUA
Fonte: Opera Mundi