Ativista político brasileiro Carlos Moura será o representante especial da CPLP na Guiné Bissau

Carlos MouraO ativista político brasileiro Carlos Moura, ex-presidente da Fundação Palmares, será o representante especial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Guiné Bissau.

Carlos Moura, indicado para o lugar por setores ligados ao governo brasileiro, deverá participar nesta quarta-feira (8), em Lisboa, de reunião do Comité de Concertação Permanente da CPLP, na sede da entidade, em Lisboa.

A nomeação de um representante especial da CPLP para Bissau decorre de resolução do XVIII Conselho de Ministros, realizado em julho de 2013, em Maputo.

Carlos Moura deverá “acompanhar, no terreno, a evolução da situação até à conclusão do processo eleitoral” na Guiné Bissau, segundo nota de imprensa da Secretaria Executiva da CPLP. As eleições gerais na Guiné Bissau estão marcadas para março deste ano e deverão marcar o regresso do país à constitucionalidade, interrompida por um golpe político militar em abril de 2012, que colocou à frente do país lusófono um governo de transição.

Entre 2004 e 2006, Carlos Moura chefiou a representação temporária da CPLP em Bissau.

Nota biográfica

Formado em Direito, iniciou a vida profissional como advogado de Sindicatos e da Federação de Trabalhadores Rurais do Estado do Rio de Janeiro. Em 1963 assessorou a fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG) e em 1976 tornou-se Assessor Jurídico da instituição.

No mesmo ano, mudou-se para Brasília e fundou o Centro de Estudos Afro-brasileiros (CEAB), do qual foi presidente. Seu desempenho no CEAB chamou a atenção, e dois anos depois tornou-se assessor para assuntos de cultura afro-brasileira do Ministério da Cultura (MinC), onde realizou atividades de relevância internacional.

Sua atuação no MinC e nos demais órgãos governamentais, sempre levando reivindicações das entidades do movimento negro, foi decisiva para a criação da Fundação Cultural Palmares, em 1988, da qual foi o primeiro presidente, voltando ao cargo em 2001.

Como presidente da Palmares, em 2001, foi integrante da Delegação Brasileira à III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas em Durban, na África do Sul.

Entre 2003 e 2007 participou do Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR), onde permaneceu, como assessor especial do Ministro, até este ano, quando foi convidado para ser coordenador do CNIRC.

Fonte: África 21 Digital.

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