Uma dezena de organizações ligadas à defesa do povo cigano e ao Movimento contra a Intolerância lançou um manifesto a pedir o fim das agressões e detenções racistas que estão a verificar-se em vários países da Europa.
Por Francisco Pedro.
O presidente do Movimento contra a Intolerância, Esteban Ibarra, manifestou-se preocupado com os discursos «negativos» que estão proliferar na Europa contra o povo cigano e exigiu a tomada de medidas urgentes que ponham fim às «agressões, detenções e difamações paleolíticas» de que estão a ser alvo as minorias ciganas.
Falando em nome de uma dezena de organizações que lançaram um manifesto a denunciar «uma nova onda racista» em vários países da Europa, Ibarra lamentou que o ódio contra pessoas de origem romani esteja a crescer, e deu o exemplo de uma menina cigana que foi expulsa, em França, quando se encontrava numa excursão escolar.
Ao mesmo tempo, assinalou que na Eslováquia se «fizeram esterilizações forçadas» a mulheres de etnia cigana e que na Suécia «foram criadas bases de dados ilegais onde as crianças são segregadas na educação». E alertou para a atividade de grupos racistas, responsáveis por ações violentas em países como a Itália e Espanha.
Segundo Esteban Ibarra, citado pela agência Europa Press, as expectativas de inclusão dos ciganos acordadas entre as organizações e os governantes europeus «não estão a ser cumpridas», pelo que se torna fundamental que os partidos políticos «trabalhem para que exista uma inclusão e representação do povo cigano nas suas formações, através dos deputados, vereadores ou outros representantes públicos».
Fonte: Geledés