A terça-feira começou com greve no Hospital São José, de Criciúma, e no Hospital Regional de Araranguá. Dos 1.661 trabalhadores da saúde, que são associados ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), 1.336 aprovaram a paralisação na última sexta-feira. A greve teve início nesta terça-feira, com 70% de adesão. No Hospital São José, de Criciúma, de 500 funcionários 350 estão parados. Já em Araranguá, de 360 profissionais 200 estão em greve.
Conforme o presidente do Sindisaúde, Cléber Ricardo Cândido, alguns atendimentos não sofrem alterações. Na Unidade Intensiva de Saúde (UTI) 100% dos trabalhadores estão atuando, assim como na sala de emergência. Já no pronto-socorro, 50% dos funcionários estão parados.
Os profissionais pleiteiam 12% de aumento salarial, sendo que a categoria patronal ofereceu 2,42% de reajuste, que foi recusado pelos trabalhadores. Nesta manhã, cinco viaturas da Polícia Militar de Criciúma estiveram presentes nas imediações do Hospital São José, onde o sindicato e os trabalhadores estão reunidos com faixas e uma tenda. Conforme Cândido, o hospital acionou a PM para pedir aos trabalhadores que se afastassem de uma das entradas do centro hospitalar. A situação foi controlada.
“Essa foi uma greve decidida pelos trabalhadores. Se deixássemos, a adesão seria de 90%, no entanto, não podemos desrespeitar a lei e tivemos que manter os serviços essenciais”, explica. Segundo Cândido, não há nenhuma perspectiva de negociação nesta terça-feira. “A greve continua. Amanhã, os serviços serão paralisados no Hospital São João Batista e no Hospital da Unimed”, adianta.
Atualmente, o piso salarial é estabelecido em R$ 730. A estimativa é que o piso seja reajustado em R$ 1 mil. A categoria também reivindica a redução de jornada de trabalho, folga, vale-alimentação e o fim de banco de horas. A última greve no setor na região foi há 22 anos, em 1991. A paralisação aconteceu no São José e se estendeu por 15 dias.
Fonte: Engeplus.