Pesquisa realizada pela UFSC e Univali abrange 28% da população empregada no Estado
Santa Catarina apresenta 48% de adoecimentos acima da média nacional. O estudo foi divulgado nesta terça-feira (3), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, pela Frente Parlamentar em Defesa da Saúde do Trabalhador, presidida pelo deputado Neodi Saretta, e em parceira com o Ministério Público do Trabalho.
Uma pesquisa inédita do Brasil, conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali), revela o perfil de adoecimentos de trabalhadores nas 15 mais importantes atividades econômicas do estado. É a mais profunda e abrangente pesquisa sobre saúde dos trabalhadores realizada no território catarinense, a partir da análise de benefícios previdenciários concedidos no período de 2005 a 2011.
O número de profissionais empregados nos segmentos pesquisados foi de 452 mil, o que equivale a 28% da população empregada no Estado. “Termos números sobre as doenças que mais acometem nossos trabalhadores é importante para direcionarmos ações. Realmente, os números apontados preocupam”, afirma Saretta.
Os dados são preocupantes. Com base nas análises ficou comprovado que Santa Catarina emprega 4,83% de toda a mão de obra no Brasil, apresenta 48% a mais de adoecimentos do que a média nacional. Das 15 atividades econômicas pesquisadas, considerando o auxílio-doença comum e o auxílio-doença acidentário, entre 2005 e 2011 verificou-se que 38% de todas as ocorrências são oriundas de 10 patologias:
Dorsalgia (9,73%);
Episódios depressivos (6,13%);
Fratura ao nível de punho e mão (4,26%);
Lesões de ombro (3,74%);
Fratura de perna (2,8%);
Varizes dos membros superiores ( 2,78%):
Hemorragia no início de gravidez (2,57%);
Sinovite e tenossinovite (2,37%);
Transtorno depressivo recorrente (2,49%);
Fratura do pé (2,04%).
Fonte: Noticenter