A delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que discute o terceiro ponto da agenda dos diálogos de paz com o governo do país, apresentou nesta segunda-feira (2) propostas relacionadas à política antidrogas. Em Havana (Cuba), sede das negociações pelo fim do conflito, os membros do grupo guerrilheiro falaram sobre a necessidade de estabelecer uma política integral, desmilitarizada e direcionada aos grupos criminosos relacionados ao narcotráfico.
No centro, Pablo Catatumbo, líder negociador da equipe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia no processo de paz.
Em um comunicado lido por Pablo Catatumbo, os membros do grupo insurgente chamaram a atenção sobre a “descriminalização dos pobres do campo”. Eles consideram de suma importância que a substituição dos cultivos de coca, maconha e papoula esteja acompanhada de programas de desenvolvimento alternativo, que crie condições para superar o uso ilícito.
Da mesma forma o documento se refere ao tratamento do consumo de drogas psicoativas como um problema de saúde pública, desde que também haja o reconhecimento do uso benéfico dessas plantas em casos específicos.
Por último, as Farc destacaram a responsabilidade do Estado e os compromissos regionais na implementação de uma política antidrogas de caráter global.
O debate sobre as drogas ilícitas é o tema central do terceiro ponto da agenda de diálogos entre Farc e o governo colombiano. As propostas da guerrilha foram formuladas com o objetivo de alcançar uma “solução definitiva, justa e adequada”, segundo destacou Catatumbo.
Depois de um ano de negociações, as partes já chegaram a acordos parciais sobre o tema agrário e sobre uma possível participação política do grupo de outras organizações de oposição, depois do fim do conflito. Esses acordos só devem entrar em vigor depois que as partes decidirem a maneira como devem ser implementados, após a resolução de todas as mesas de debates.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina