Santiago de Cuba, 16 out (Prensa Latina) Após 60 anos, os cubanos recordam hoje o discurso de defesa de Fidel Castro às acusações pelo assalto ao quartel Moncada em 26 de julho de 1953, pronunciado na enfermaria do antigo hospital civil.
As denúncias do então jovem advogado, que tornaram-se conhecidas como A história me absolverá em alusão à frase final pronunciada ante o tribunal que o julgava, se converteram no programa político, jurídico e social do movimento revolucionário que encabeçou a insurreição armada contra a tirania de Fulgêncio Batista.
Ontem, juristas e historiadores de várias províncias desenvolveram uma jornada científica que abordou aspectos legais e historiográficos do acontecimento, a respeito do qual continuam se lançando novas luzes apesar das profusas investigações e publicações que o refletiram.
Uma das participantes ao encontro foi a jornalista Marta Rojas, que teve a possibilidade de presenciar aquela histórica jornada de 16 de outubro de 1953 e expôs uma vez mais suas vivências e considerações, além de apresentar a sétima edição de seu livro O julgamento de Moncada.
Em sua defesa, o líder dos assaltantes à segunda fortaleza militar do país baseou-se, entre outros, no artigo 40 da Constituição de 1940, que considerava legítima a resistência para preservar o direito conquistado para os indivíduos e a nação.
As palavras pronunciadas pelo legista na Causa 37 converteram-se em documento acusador do terrível panorama da sociedade cubana de então e em projeto das transformações necessárias para mudá-lo, o qual começou a suceder depois do triunfo revolucionário do Primeiro de Janeiro de 1959.
Atualmente, no parque-museu Abel Santamaría conservam-se depoimentos materiais daquela sessão judicial no mesmo local onde teve lugar e em um dos recintos que também fosse atacado na manhã do domingo de 26 de julho de 1953.
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