A CNFROS (Coalizão Nacional Síria), maior aliança opositora de Bashar Al Assad, rejeitou neste sábado (21/09) a oferta de mediação do governo iraniano formulada pelo atual presidente do país, Hassan Rouhani.
“O mais útil seria que o governo iraniano retirasse seus especialistas militares e combatentes extremistas do território sírio, antes de propor iniciativas”, apontou a CNFROS, por meio de comunicado emitido neste sábado. A aliança ainda classificou a oferta como “irônica”, uma vez que o Irã é um dos principais parceiros militares, políticos e econômicos do governo de Assad.
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Hassan Rouhani, autor da oferta de mediação do conflito sírio
A proposta de Rouhani, que condenou a “dilacerante violência” na Síria, foi formulada nesta quinta-feira (19/09) e consistia na mediação, por parte do governo iraniano, do diálogo entre Assad e os grupos opositores.
Para a CNFROS, a oferta representa uma tentativa “desesperada” de Rouhani de prolongar e complicar o conflito sírio ainda mais, e está direcionada a encobrir “assuntos complicados como o programa nuclear e seu apoio ao terrorismo”.
A coalizão afirmou também que o povo sírio exigirá a prestação de contas dos responsáveis pelos assassinatos e pela violência que se alastra pelo país há mais de dois anos.
Também neste sábado (21), o governo de Assad completou a entrega do inventário sobre seu arsenal químico à OPAQ (Organização para a Proibição das Armas Químicas) , conforme acordo negociado entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o chanceler russo Sergey Lavrov.
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Na última sexta-feira (20), a OPAQ já tinha confimado o recebimento de “informações iniciais” do governo sírio e afirmado que a secretaria técnica do órgão iria analisar o documento.
Fonte: Ópera Mundi