Morrem 62 crianças por desnutrição na Guatemala durante 2013

DROUGHT, POVERTY AND FAMINE

A cifra de crianças mortas por desnutrição aguda na Guatemala durante 2013 chegou a 62, conforme o chefe da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), Luis Monterroso.

O diretor afirmou que nos primeiros sete meses deste ano foram divulgados 9.786 casos de desnutrição. Segundo disse, os pais dos menores não os levam aos centros de saúde para prevenção. Quando a Sesan detecta casos de menores desnutridos, acionam a Polícia Nacional Civil e a Procuradoria Geral da Nação para resgatá-los, complementou.

No final de junho passado, o Ministério de Saúde e Assistência Social já indicava que a desnutrição aguda causou a morte de 51 crianças, a situação só se agravou. As regiões com índices mais elevados de doentes desse tipo são Chiquimula, Jutiapa, Jalapa, Zacapa, Escuintla, Santa Rosa, Petén norte e sul-oriental, Quetzaltenango, Retalhuleu, El Progresso, Ixcán, Guatemala central e Huehuetenango, de acordo com o Sistema de Informação Gerencial de Saúde.

Dados oficiais dão conta de que 48 por cento dos menores de cinco anos sofrem desnutrição neste país centro-americano.

Corredor seco

Na parte oriental da Guatemala conhecida como Corredor Seco, a perda da última colheita do milho e do feijão devido à seca e à mudança climática deixou mais de 50 mil famílias em situação de risco, porque vivem em extrema pobreza e só dependem de suas plantações para a sobrevivência.

A desnutrição crônica também afeta grande parte da população, especialmente indígena, e faz com que o desenvolvimento físico e mental atrase nos primeiros anos de crescimento e nunca mais recuperam, resultando em adultos subnutridos com um coeficiente muito baixo intelectual.

Médicos e educadores, instituições públicas e privadas e ONGs, estão visitando as comunidades indígenas mais remotas do país, estão distribuindo alimentos entre a população e detectam casos de desnutrição grave.

Fonte: Adital. Com informações dadas Prensa Latina e Anhua ong.

Foto: JM López

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