A Federação de Educadores do Paraguai (FEP) não cedeu à pressão do ministro de Educação, Horacio Galeano, e confirmou a passeata de protesto nos dias 14 e 15 de agosto durante os atos de transferência do comando presidencial.
A FEP, que reúne mais de 40 mil docentes e mantém uma greve nacional há duas semanas em metade dos centros educativos, desconsiderou o pedido de Galeano para suspender a mobilização e não deixar uma má impressão nos visitantes estrangeiros.
Carlos Parodi, presidente da federação, opinou que, pelo contrário, os professores devem mostrar às delegações estrangeiras a realidade atual vivida pelo povo paraguaio. Por isso, considerou que o pedido do ministro não corresponde a essa realidade e o acordo da assembleia geral de professores deve ser cumprido. A assembleia pediu para mobilizar ao redor de 15 mil professores para sitiar Assunção durante as atividades mencionadas.
A Federação decidiu manter a greve até 28 de agosto, data para a qual a Câmara de Deputados adiou o debate sobre o projeto de lei que atualiza o valor das aposentadorias e ignorou as modificações propostas ao documento.
Enquanto isso, as marchas de protesto dos educadores continuaram em diversos pontos do país durante o fim de semana, como prévia da grande mobilização anunciada para coincidir com os atos de transferência do comando presidencial.
Bloqueios em estradas e em ruas de cidades foram as modalidades usadas pelo contingente de grevistas nas cidades de Pedro Juan Caballero e Encarnación, em vias dos departamentos (estados paraguaios) de Alto Paraná e Ñeembucú e nos arredores de Assunção.
O governo saliente anunciou a participação de 4.500 efetivos militares e policiais para garantir a segurança das delegações estrangeiras e cuidar da ordem em pontos sensíveis do país durante os dois dias de ato.
Fonte: Prensa Latina.