Mais de 120 dias depois de entregue a pauta de reivindicação e diante do silêncio da Administração do Tribunal de Justiça (TJ), o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (SINJUSC) convocou a categoria para um dia de protesto e paralisação na próxima sexta-feira, 19. Às 13h, será realizada uma assembleia em frente ao TJ, no Centro de Florianópolis.
A pauta de reivindicação dos trabalhadores do Judiciário catarinense foi entregue em março. O SINJUSC esperava que na data-base, Maio, a Administração do Tribunal abrisse diálogo. Ao contrário, determinou o pagamento da reposição da inflação de Maio de 2012 a Abril de 2013 e avisou, depois de transformar os pleitos em processos administrativos, que qualquer decisão sobre os demais itens da pauta deveria sair do Pleno, que reúne 62 desembargadores.
O Sindicato encaminhou então, como forma de auxiliar o trabalho dos desembargadores, minutas de projetos de lei que contemplam a pauta. Mas nem mesmo isso fez com que os processos andassem ou que o Tribunal de Justiça abrisse mesa de negociação ou ao menos diálogo sobre as condições para a implementação das propostas dos trabalhadores.
A categoria, em assembleia realizada no início de Julho, propôs a denúncia do presidente do Tribunal de Justiça à Organização Internacional do Trabalho, por se negar a negociar as propostas dos trabalhadores. As mobilizações de sexta-feira, assim como a assembleia geral, fora deliberadas em assembleia e tem o objetivo de mostrar à Administração do Tribunal a necessidade de negociação com a representação dos trabalhadores.
Os trabalhadores do Judiciário reivindicam nível superior para os técnicos, solução da disfunção diferente da encaminhada pelo Tribunal, que mudou os nomes das funções, ampliou atribuições e manteve os salários, adicional de qualificação, ganho real de 3%, incorporação do auxílio-alimentação e revisão do texto do Tribunal sobre o banco de horas.
Foto: Rubens Lunge. Assembleia em 03 de Julho indicou denúncia da Administração do Tribunal de Justiça à Organização Internacional do Trabalho