O clérigo Hassan Rowhani foi eleito neste sábado presidente do Irã em primeiro turno, segundo anúncio feito pelo ministro do Interior, Mustafá Mohamed-Najjar, na TV estatal.
Segundo o ministro, 72% dos mais de 50 milhões de eleitores credenciados votaram, e Rowhani obteve 50,68% dos votos, ou 18.613.329 dos 35.458.747 válidos, mais do que a metade mais um dos votos necessária para a não realização do segundo turno.
Agência Efe
Rowhani derrotou com facilidade três oponentes conservadores “linha dura” com ampla vantagem: o prefeito de Teerã, Mohamed Bagher-Ghalibaf; o ex-chefe dos Guardiões da Revolução, Mohsen Rezai; e o atual chefe dos negociadores nucleares, Said Jalili.
Os outros dois candidatos, o ex-chefe da diplomacia Ali Akbar Velayati e Mohamed Gharazi, receberam uma votação inexpressiva.
Nenhuma irregularidade foi constatada, segundo o Conselho dos Guardiões da Constituição.
Em segundo lugar ficou o ultraconservador prefeito de Teerã, Mohamad Ggher Qalibaf, com 6.077.292, enquanto a terceira colocação ficou com o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e principal negociador nuclear do Irã, Saeed Jalili, com 4.168.946.
Já Mohsen Rezaei, secretário do Conselho do Discernimento e ex-comandante do Corpo de Guardiães da Revolução, ficou com o quarto lugar, com 3.884.412 votos, enquanto o quinto foi o assessor do líder supremo e ex-ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Velayati, 2.268.753 sufrágios, o que representa uma participação de 72,7%, explicou Najjar em entrevista coletiva no Ministério do Interior.
Perfil
Ligado ao ex-presidente moderado Akbar Hachemi Rafsandjani, Rohani foi beneficiado pela desistência do candidato reformista Mohamed Reza Aref e recebeu o apoio do líder dos reformadores, Mohamed Khatami.
Como representante do aiatolá Khamenei no Conselho Supremo de Segurança Nacional, ele defende mais flexibilidade no diálogo com o Ocidente. Ele mesmo dirigiu esse diálogo para os iranianos entre 2003 e 2005 sob a presidência de Khatami. Durante a campanha, Rowhani mencionou possíveis discussões diretas com os Estados Unidos, inimigo histórico do Irã.
Segundo a Constituição, o presidente é a segunda maior autoridade do Estado, atrás do aiatolá, e suas capacidades de ação são limitadas em questões estratégicas, como a nuclear.
(*) com agências de notícias internacionais
Fonte: Ópera Mundi