O governo sombra do mundo está reunido até domingo

O grupo de Bilderberg está reunido até domingo. O governo sombra do mundo, aquele que decide sobre a democracia global em conclave secreto e sem mandato de ninguém iniciou a 61ª reunião anual. Selecção portuguesa: Pinto Balsemão, Paulo Portas, António José Seguro e… Durão Barroso. (Veja abaixo a lista completa.)

O encontro de Bilderberg recebe este ano num hotel inglês os poderosos do mundo (e alguns dos candidatos a servi-los…)

Os promotores rejeitam a acusação habitual de “reunião conspirativa”, preferindo alegar que se trata de trocas de impressões sobre assuntos globais entre figuras oriundas da política e economia neoliberais. Para este ano a agenda é “quente”: poderão a Europa e os Estados Unidos “crescer mais depressa e criar empregos”?;  emprego e dívida; nacionalismo e populismo; política externa dos Estados Unidos; os desafios de África (sem qualquer presença africana); questões cibernéticas e a proliferação de “ameaças assimétricas”; as questões centrais da investigação médica; promessas e impactos da educação online; políticas da União Europeia; desenvolvimentos no Médio Oriente; “assuntos correntes”.

O conclave decorre no hotel Grove, no Reino Unido. Conhece-se uma lista de participantes mas sabe-se que estarão presentes nomes não divulgados. Os presentes são oriundos de elites geográficas, políticas, empresariais, militares e mediáticas para decidirem os próximos passos da consolidação neoliberal global sob os pontos de vista da acção e da propaganda, e não só.

Por exemplo, em relação ao Médio Oriente irá estar em cima da mesa o prolongamento da guerra civil na Síria através do fornecimento de armas a todos os grupos anti-Assad, sem qualquer ressalva em relação à Al-Qaida e afins. Em “troca de impressões” estará também a liquidação da estrutura nuclear do Irã num prazo de três anos.

A elite geográfica resume-se à América do Norte e Europa, neste caso com exclusão do Leste, e dos Balcãs. Está presente o ministro das Finanças da Polónia, Rostovsky, mas nasceu no Reino Unido. Não há representantes da Ásia, África, América Latina e Médio Oriente, desta feita com excepção da Turquia, presente através do representante do maior grupo multimédia e do ministro adjunto do contestado e violento primeiro ministro Erdogan.

A elite política é extraída “o arco da governação” da elite geográfica, através da convergência de dirigentes de organizações que asseguram a política única neoliberal. A presença portuguesa de Portas e Seguro, sem nenhum expoente do mais importante partido do governo – a elite de Balsemão é outra – pode indicar caminhos sobre o futuro da governação em Portugal como é projectado em Bilderberg.

A elite mediática e de propaganda é das mais fortes e, como de costume, tem a Península Ibérica muito bem representada através dos grupos de Balsemão e de Cébrian, da PRISA espanhola, aliás ambos membros do “grupo de acompanhamento” de Bilderberg, o que significa que vão a todos os conclaves e asseguram o seu funcionamento entre sessões.

Os trabalhos são dirigidos por Henri de Castres, presidente do grupo segurador AXA. Em qualquer grande grupo económico, bancário, industrial e financeiro que se pense, nos Estados Unidos ou Europa Ocidental, está por certo representado em Bilderberg.

Também estão Durão Barroso, a senhora Lagarde do FMI, Trichet, Monti, os ministros das Finanças da Suécia, Turquia, Espanha, Reino Unido e Áustria, o primeiro ministro holandês, Mark Rutte, e a princesa Beatriz, o crónico Henry Kissinger, o general Petreus.

Pela divulgação dos nomes dos que participam incógnitos há que aguardar mais algum tempo, até que a investigação jornalística não alinhada pelo aparelho do Grupo de Bilderberg os identifique.

Presidente da reunião: Henri de Castries, presidente e conselheiro delegado de AXA.• Paul M. Achleitner, presidente do conselho de supervisão do Deutsche Bank.• Josef Ackermann, presidente do conselho de Zurich Insurance.

• Marcus Agius, ex-presidente de Barclays.

• Helen Alexander, presidenta de UBM.

• Roger C. Altman, presidente executivo de Evercore Partners.

• Matti Apunen, diretor de EVA.

• Susan Athey, professora de economia na Escola de Negócios de Stanford.

• Asli Aydintasbas, colunista do jornal turco Milliyet.

• Ali Babacan, vice primeiro ministro turco para assuntos econômicos.

• Ed Balls, número dois dos trabalhistas britânicos.

• Francisco Pinto Balsemão, presidente e conselheiro delegado de IMPRESA, e ex-primeiro ministro português.

• Nicolas Barré, diretor do jornal econômico francês Les Echos.

• José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia.

• Nicolas Baverez, do escritório de advogados Gibson, Dunn & Crutcher.

• Olivier de Bavinchove, chefe do Eurocuerpo e ex-chefe do Estado Maior das F.A. francesas.

• John Bell, professor da Universidade de Oxford.

• Franco Bernabè, presidente e conselheiro delegado da Telecom Itália.

• Jeff Bezos, conselheiro delegado de Amazon.

• Carl Bildt, ministro sueco de Exteriores.

• Anders Borg, ministro sueco da Fazenda.

• Jean François van Boxmeer, conselheiro delegado de Heineken.

• Svein Richard Brandtzæg, presidente e conselheiro delegado de Norsk Hydro.

• Oscar Bronner, editor do jornal austriaco Der Standard.

• Peter Carrington, ex-presidente de honra das reuniões do Grupo Bilderberg.

• Juan Luis Cebrián, presidente executivo do Grupo Prisa.

• Edmund Clark, presidente e conselheiro delegado de TD Bank Group.

• Kenneth Clarke, ministro do Governo britânico.

• Bjarne Corydon, ministro dinamarquês da Fazenda.

• Sherard Cowper-Coles, diretor de desenvolvimento de negócios internacionais de BAE Systems.

• Enrico Cucchiani, conselheiro delegado de Intesa Sanpaolo.

• Etienne Davignon, ministro belga e ex-presidente das reuniões do Grupo Bilderberg.

• Ian Davis, da diretoria de McKinsey.

• Robbert H. Dijkgraaf, diretor e professor do Institute for Advanced Study.

• Haluk Dinçer, presidente de Sabanci Holding.

• Robert Dudley, conselheiro delegado de BP.

• Nicholas N. Eberstadt, responsável de política econômica do American Enterprise Institute.

• Espen Barth Eide, ministro norueguês de Exteriores.

• Börje Ekholm, presidente e conselheiro delegado de Investor AB.

• Thomas Enders, conselheiro delegado de EADS.

• J. Michael Evans, vice presidente de Goldman Sachs.

• Ulrik Federspiel, vice presidente executivo de Haldor Topsøe.

• Martin S. Feldstein, professor de economia da Universidade de Harvard.

• François Fillon, ex-primeiro ministro francês.

• Mark C. Fishman, presidente do Instituto de Pesquisa biomédica Novartis.

• Douglas J. Flint, presidente do HSBC.

• Paul Gallagher, ex-fiscal geral da Irlanda.

• Timothy F. Geithner, ex-secretário do Tesouro dos EUA.

• Michael Gfoeller, consultor de assuntos políticos dos EUA

• Donald E. Graham, presidente e conselheiro delegado de ‘The Washington Post’.

• Ulrich Grillo, conselheiro delegado de Grillo-Werke.

• Lilli Gruber, jornalista italiana do canal A 7 TV.

• Luis de Guindos, ministro espanhol da Economia.

• Stuart Gulliver, conselheiro delegado do HSBC.

• Felix Gutzwiller, membro do Conselho Suíço de Estados.

• Victor Halberstadt, professor de economia da Universidade de Leiden.

• Olli Heinonen, acadêmico do Belfer Center for Science and International Affairs, de Harvard.

• Simon Henry, diretor financeiro da Royal Dutch Shell.

• Paul Hermelin, presidente e conselheiro delegado do Grupo Capgemini.

• Pablo Isla, presidente e conselheiro delegado do Grupo Inditex.

• Kenneth M. Jacobs, presidente e conselheiro delegado de Lazard.

• James A. Johnson, presidente de Johnson Capital Partners.

• Thomas J. Jordan, presidente do Conselho do Swiss National Bank.

• Vernon E. Jordan Jr., director executivo de Lazard Freres & Co.

• Robert D. Kaplan, analista geopolítico chefe de Stratfor.

• Alex Karp, conselheiro delegado de Palantir Technologies.

• John Kerr, membro da Câmara dos Lordes.

Henry A. Kissinger, presidente de Kissinger Associates e ex-secretário de Estado norte-americano.

• Klaus Kleinfeld, presidente e conselheiro delegado de Alcoa.

• Klaas H.W. Knot, presidente do De Nederlandsche Bank.

• Mustafa V Koç,. presidente do Koç Holding.

• Roland Koch, conselheiro delegado de Bilfinger.

• Henry R. Kravis, presidente e conselheiro delegado de Kohlberg Kravis Roberts & Co.

• Marie-Josée Kravis, acadêmica do Hudson Institute.

• André Kudelski, presidente  e conselheiro delegado do Grupo Kudelski.

• Ulysses Kyriacopoulos, presidente da S&B Industrial Minerals.

• Christine Lagarde, diretora do FMI.

• J. Kurt Lauk, presidente do Conselho Econômico da CDU alemã.

• Lawrence Lessig, professor da Faculdade de Direito de Harvard.

• Thomas Leysen, presidente do Conselho de Diretores do Grupo KBC.

• Christian Lindner, ex-secretário geral del Partido Liberal alemão.

• Stefan Löfven, líder do Partido Socialdemocrata sueco.

• Peter Löscher, presidente  e conselheiro delegado da Siemens.

Peter Mandelson, presidente de Lazard International e ex-ministro nos Governos de Blair e Brown.

• Jessica T. Mathews, presidenta do Carnegie Endowment for International Peace.

• Frank McKenna, presidente de Brookfield Asset Management.

• John Micklethwait, diretor de ‘The Economist’.

• Thierry de Montbrial, presidente do Instituto Francês de Relações Internacionais.

• Mario Monti, ex-primeiro ministro italiano.

• Craig J. Mundie, conselheiro principal do conselheiro delegado da Microsoft.

• Alberto Nagel, conselheiro delegado de Mediobanca.

• Princesa Beatriz da Holanda.

• Andrew Y.Ng, co-fundador de Coursera.

• Jorma Ollila, presidente daRoyal Dutch Shell.

• Omand, professor do King’s College de Londres.

• George Osborne, ministro britânico da Fazenda.

• Emanuele Ottolenghi, acadêmico da Foundation for Defense of Democracies.

• Soli Özel, professor da Universidade Kadir Has e colunista do jornal turco Habertürk.

• Alexis Papahelas, diretor do jornal grego ‘Kathimerini’.

• Safak Pavey, deputado turco.

• Valérie Pécresse, deputada francesa.

• Richard N. Perle, acadêmico do American Enterprise Institute e ex-vicesecretário do Pentâgono.

• David H. Petraeus, ex-diretor da CIA.

• Paulo Portas, viceministro português de Exteriores.

• J. Robert S Prichard, presidente de Torys.

• Viviane Reding, vice presidenta e comissária de Justiça da Comissão Europeia.

• Heather M. Reisman, conselheira delegada da Indigo Books & Music.

• Hélène Rey, professora de economia da London Business School.

• Simon Robertson, advogado da Partner, Robertson Robey Associates e vice presidente do HSBC.

• Gianfelice Rocca, presidente do Grupo Techint.

• Jacek Rostowski, vice primeiro ministro e ministro polonês da Fazenda.

• Robert E. Rubin, co-presidente do Council on Foreign Relations e ex-secretário do Tesouro dos EUA.

• Mark Rutte, primeiro ministro da Holanda.

• Andreas Schieder, ministro da Fazenda da Áustria.

• Eric E. Schmidt, presidente executivo de Google.

• Rudolf Scholten, membro do Conselho de Diretores do Oesterreichische Kontrollbank.

• António José Seguro, secretário geral do Partido Socialista Português.

• Jean-Dominique Senard, conselheiro delegado do grupo Michelin.

• Kristin Skogen Lund, diretora geral da Confederação de Empresas Norueguesas.

• Anne-Marie Slaughter, professora da Universidade de Princeton.

• Peter D. Sutherland, presidente de Goldman Sachs International.

• Martin Taylor, ex-presidente da Syngenta.

• Tidjane Thiam, conselheiro delegado de Prudential.

• Peter A. Thiel, presidente de Thiel Capital.

• Craig B. Thompson, presidente e conselheiro delegado do Centro contra o Câncer Memorial Sloan-Kettering.

• Jakob Haldor Topsøe, da diretoria de AMBROX Capital.

• Jutta Urpilainen, ministra finlandesa da Fazenda.

• Daniel L. Vasella, presidente de honra de Novartis.

• Peter R. Voser, conselheiro delegado de Royal Dutch Shell.

• Brad Wall, primeiro ministro da província canadense de Saskatchewan.

• Jacob Wallenberg, presidente de Investor.

• Kevin Warsh, acadêmico do The Hoover Institution na Universidade de Stanford.

• Galen G.Weston, presidente executivo de Loblaw Companies.

• Baronesa Williams of Crosby, membro da Câmara dos Lordes.

• Martin H. Wolf, colunista do ‘Financial Times’.

• James D. Wolfensohn, presidente e conselheiro delegado de Wolfensohn, e ex-presidente do Banco Mundial.

• David Wright, vicepresidente de Barclays.

• Robert B. Zoellick, acadêmico do Peterson Institute for International Economics e ex-presidente do Banco Mundial.

Lista de http://actualidad.rt.com/actualidad/view/96672-lista-bildelberg-2013-londres

Fonte: http://www.esquerda.net/artigo/seguro-e-portas-juntos-no-conclave-de-bilderberg/28150

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