Havana, 17 mar (Prensa Latina) As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) asseguraram hoje que se avançou bastante no primeiro ponto da agenda, sobre a questão agrária, nas conversas de paz com o Governo.
“Avançou-se e avançou-se bastante”, disse à imprensa o membro da guerrilha Ricardo Téllez, no Palácio de Convenções de Havana, Cuba, sede permanente do diálogo com o Executivo colombiano.
Com relação à solicitação da Associação Nacional de Zonas de Reserva Camponesa, de que a Mesa acompanhe as deliberações do Terceiro Encontro Nacional dessas Zonas, o representante das FARC-EP considerou óbvio que a Mesa deve dar uma resposta.
Acrescentou que seguramente a guerrilha, de uma forma ou outra, se fará presente.
A insurgência reiterou a solicitação de que se some às conversas o líder guerrilheiro Simón Trinidad, que faz parte da representação guerrilheira para o diálogo, mas cumpre 60 anos de prisão nos Estados Unidos, para onde foi extraditado em 2004.
Além disso, pediu ao presidente Juan Manuel Santos a entrega “o quanto antes, do cadáver de Raúl Reyes”, comandante assassinado em 2008 durante um bombardeio do Exército colombiano ao território do Equador.
A administração colombiana e a guerrilha continuaram neste domingo os diálogos de paz centrado no tema agrário, o primeiro de uma agenda de seis pontos que inclui, também, as garantias para a participação cidadã e a solução ao problema das drogas ilícitas, entre outros.
Ambas as partes consideram a questão da terra uma das chaves para pôr fim a décadas de conflito armado nessa nação da América do Sul.
As FARC-EP e o Governo colombiano passam pelo sexto ciclo das conversas iniciadas em Cuba no dia 19 de novembro do ano passado.
A mesa de conversas tem esta ilha caribenha e a Noruega como fiadores, e a Venezuela e o Chile como observadores.
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