A meta agora é de multiplicar e socializar essas sementes com famílias de todo o estado e ir quebrando a lógica mercantil imposta pelas multinacionais .
Neste sábado (09/03) o Movimento dos Pequenos Agricultores- MPA distribuiu mais de 30 toneladas de sementes crioulas de feijão e milho para famílias camponesas do estado de Pernambuco, o ato de entrega foi realizado no município de Ouricuri, sertão pernambucano, e contou com a participação de cerca de 250 famílias camponesas além de representantes do MST, CAATINGA, FACIAGRA e CHAPADA, e do poder publico da região.
A luta pela soberania genética é umas das bandeiras do MPA, a recuperação e melhoramento das sementes, raças e variedades crioulas é uma ação praticada pelas famílias camponesas do Movimento e vem sendo intensificanda com muito empenho em todo o Brasil.
O Movimento acredita que as famílias camponesas tem que ter o total controle sobre as sementes e toda as formas de reprodução e propagação necessárias para o campo, afirma Claudeilton Luiz do coletivo nacional de produção do MPA “Essa distribuição é mais uma conquista do Movimento que demonstra o compromisso com o campesinato brasileiro. Com o objetivo de que os camponeses possam garantir a soberania se suas sementes e ter o total controle sobre elas, sem precisar recorrer ao mercado e se submeter ao atual pacote de transgênicos, híbridos e agrotóxicos impostos pelo agronegócio…. nosso povo não pode ficar refém dos grandes laboratórios, como a Dow, Syngenta e Monsanto, é necessário buscar técnicas de recuperação, armazenagem, melhoramento e socialização dessas sementes que são um patrimônio das comunidades, que vem a longo dos tempos cultivando e melhorando milhares de variades.” diz Claudeilton.
As sementes crioulas de milho e feijão foram produzidas e beneficiadas por famílias camponesas do MPA no estado de Santa Catarina, e repassadas para os camponeses pernambucanos através de políticas publicas conquistadas pelos movimentos sociais. A meta agora no estado é de multiplicar e socializar essas sementes com mais famílias e aos poucos ir quebrando a lógica mercantil imposta pelas multinacionais .
Por Comunicação MPA