O banco espanhol Santander – que, dizem as más línguas, é ligado à seita fascista Opus Dei – obtém lucros recordes no Brasil e ainda demite milhares de bancários. Segundo estudo divulgado no final de janeiro pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Sistema Financeira (Contraf), em 2012 o lucro líquido gerencial do Santander Brasil foi de R$ 6,329 bilhões – 4,98% inferior ao do ano anterior, mas porque a instituição aumentou em 30,11% as provisões das chamadas “despesas com devedores duvidosos”.
“Em nenhum outro país do mundo, o Santander ganha tanto dinheiro quanto no Brasil. Aliás, o lucro líquido do banco espanhol aqui foi semelhante ao de toda a Europa Continental e maior que o restante da América Latina”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Este desempenho exuberante está baseado na brutal exploração dos brasileiros, que recebem míseros salários, tem os seus direitos aviltados e ainda são dispensados. Somente em dezembro passado, o Santander demitiu 1.153 bancários sem justa causa.
Reforçando as suspeitas sobre seus vínculos com o Opus Dei, o banco espanhol também tem abusado do autoritarismo na sua relação com os sindicatos. Ele se recusa a negociar e implanta medidas drásticas de forma arbitrária, desrespeitando as leis brasileiras. Ele ainda maquia seus balanços financeiros para alegar dificuldades no Brasil. “A situação do Santander é privilegiada no país. Ele deveria retribuir a sociedade brasileira com crédito mais barato, criação de empregos e respeito aos trabalhadores e suas entidades representativas. Vamos intensificar essa cobrança em 2013”, garante o presidente da Contraf-CUT.