Os servidores públicos federais já prepararam seu calendário de mobilizações para o próximo período. Entre as principais atividades está o lançamento da campanha salarial e o Seminário sobre Negociação Coletiva e o Direito de Greve.
A campanha salarial será lançada no dia 20 de fevereiro. Os servidores irão realizar um ato político em frente ao MPOG (Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão) cujo objetivo será cobrar uma audiência com os gestores do ministério para exigir o início das negociações sobre a pauta de reivindicações – protocolada em janeiro.
Um dia antes do lançamento da campanha, 19 de fevereiro, haverá o Seminário sobre Negociação Coletiva e Direito de Greve voltado para todas as esferas do funcionalismo.
Pela manhã, o evento contará com apresentação de painel sobre Negociação Coletiva cujos convidados são representantes do DIEESE, DIAP e AGU. À tarde, o seminário discute o Direito de Greve com apresentação de painel das Centrais Sindicais. A CSP-Conlutas comporá a mesa junto com outras entidades. Em ambas as mesas de debates, haverá espaço para o plenário explanar suas opiniões sobre os respectivos temas. O Seminário será realizado no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados.
Para o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, o seminário servirá para preparar os trabalhadores contra os ataques que o governo Dilma pretende disparar às conquistas dos servidores públicos. “Vamos dar subsídios para que os servidores entendam o que está por vir e de como combater as ameaças de retirar direitos”, disse.
Segundo Barela, o seminário irá também contribuir para que nesta campanha salarial os servidores entendam o que vão defender e quem irão enfrentar. “O governo quer retirar o direito de greve e temos que fazer pressão contra isso. Diferente da CUT, CTB, Força Sindical e outras centrais, a CSP-Conlutas compreende que não há correlação de forças na conjuntura e no Congresso Nacional para disputar um projeto de regulamentação de greve que favoreça os servidores. Esse é o terreno deles, o nosso é nas ruas, na mobilização e nas greves”, explicou.
Por isso, o dirigente reiterou a importante de se organizar uma campanha forte em defesa do direito de greve. “Precisamos debater o que isso representa, pois só podemos nos defender entendendo a fundo o que representa mais esse ataque. Também vamos mostrar aos governantes, no lançamento da Campanha, a força dos servidores e de nossa unidade”, salientou.
Para Barela é importante que os trabalhadores dos demais setores também se unam à luta dos servidores contra esse e demais ataques. “A Marcha em Brasília no dia 24 de abril cumprirá esse papel. Somos contra o ACE e queremos a revogação da reforma da previdência de 2003, aprovada com o voto dos mensaleiros.Vamos todos levantar nossas bandeiras em comum e lutar juntos”, finalizou.
Um folder eletrônico com detalhes do Seminário e do lançamento da Campanha Salarial será elaborado e amplamente divulgado nos sites e redes sociais.
Fonte: CSP-Conlutas