As conversas de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) e o governo desse país têm hoje seu segundo dia de recesso, depois do reinicio do diálogo no dia 14 de janeiro.
A mesa que tem como sede permanente o habanero Palácio de Convenções continua centrada no primeiro ponto da agenda referido ao desenvolvimento rural, considerado a causa fundamental do conflito armado na Colômbia.
Os outros temas pactuados no Acordo Geral para guiar as práticas são as garantias para a participação política, o fim do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e referendo do pactuado na mesa.
Ontem finalizou o cessar unilateral de operações das FACR-EP durante 60 dias, anunciado em Havana ao começar as conversas no dia 19 de novembro.
Neste sentido, o chefe da equipe da guerrilha, Iván Márquez, reiterou ao governo do presidente, Juan Manuel Santos, a proposta de instaurar um cessar fogo bilateral, com o propósito de garantir um ambiente tranquilo para as conversas de paz.
Márquez agregou que se o Governo não estima apropriada a iniciativa, poderiam então lembrar um tratado de regularização da guerra para evitar à população maiores padecimentos.
Por parte do Governo, até o momento mostrou-se favorável ao estabelecimento de paz, mas considera que um cessar-fogo deve ser resultado dos possíveis acordos da mesa de conversas em Havana.
As FARC-EP também valorizaram como positivo que Santos tenha coincidido na necessidade de uma consulta popular para referendar um eventual acordo de paz, ao mesmo tempo em que defenderam uma Assembleia Nacional Constituinte como única instância capaz de garantir legitimidade e segurança jurídica a esse processo.
O presidente colombiano declarou recentemente que os possíveis acordos da mesa de conversas seriam submetidos a um eventual referendo, mas descartou a possibilidade de uma Assembleia Constituinte.
Fonte: Prensa Latina.
