Os 2,6 milhões de eleitores da Serra Leoa participam hoje em eleições gerais consideradas um teste crucial à consolidação da democracia, dez anos após o fim da guerra civil (1991-2002) que causou 120 mil mortos.
Desde o fim da guerra, uma das mais sangrentas da História recente de África, é a primeira vez que o governo organiza eleições, sem a colaboração da ONU, que está presente no país desde 1999.
Também é a primeira vez que a Serra Leoa realiza eleições gerais, que englobam as presidenciais, legislativas, municipais e as regionais. Às presidenciais concorrem oito candidatos, entre os quais estão o Presidente cessante, Ernest Koroma, do Congresso de Todo o Povo (APC), apontado como favorito, e o ex-chefe da Junta Militar que dirigiu o país em 1996, Julius Maada Bio, do Partido do Povo da Serra Leoa (SLPP).
Os observadores não excluem a realização de uma segunda volta por o SLPP ter conseguido cativar numerosos jovens desempregados.
Ernest Koroma, que foi eleito pela primeira vez em 2007, é candidato para um segundo e último mandato, como o prevê a Constituição.
A campanha eleitoral foi marcada por alguma violência entre militantes dos dois principais partidos, cujos candidatos recusaram participar nos debates televisivos que estavam programados.