Agur* Espanha!

Cronopiando por Koldo Campos Sagaseta. 

(Português/Español).

Mesmo que Euskalherria** fosse a absurda quimera que ameaçasse o rei, o localismo estéril que apregoasse Aznar ou o dilema impossível ao qual Rajoy apela cada vez que ouve o repique da independência respingando nas contas e contos do reino que administra… Agur Espanha!

Mesmo que o repúdio europeu nos isolasse e fôssemos remitidos a um funesto e irremediável ostracismo, a um eclipse total de sol e lua; ao quarto obscuro onde purgar impulsos secessionistas e expiar extravagâncias libertárias; mesmo que ficássemos ancorados no nada que o governo espanhol nos deseja e augura… Agur Espanha!

Assim nos excomungasse o Vaticano e fôssemos consignados ao limbo; mesmo que uma plêiade de ilustres matamoros nos negasse o favor desde os meios por praticar nacionalismos periféricos; mesmo quea Armada Invencível nos cominasse a render uns delírios que garante não têm mais destino que o naufrágio… Agur Espanha!

Mesmo que Euskalherria fosse um páramo, um deserto, uma lagoa seca, um açude à deriva, uma cuspida em meio à sarjeta, uma adivinhação em ruínas; mesmo que o vinho se aguasse, mesmo que não houvesse pão sobre a mesa, mesmo que não houvesse mesa, tampouco sol nem estio… Agur Espanha!

Porque estamos fartos de tricórnios, monteras e coroas, de golpes de charol e dragonas; fartos de campeadores e cachulis, de nazarenos e de macarenas; fartos de pelayos, pizarros, poceros e pantojas; fartos de escapulários, mantilhas e pentes, de duquesas da alba e de borbons de copas; fartos da sua necedade, da sua arrogância, de sua insensatez, de sua lerdeza; fartos da sua intolerância, da sua ineptidão, da sua impune violência, fartos… Agur Espanha!

 *Agur: Adeus em basco

**Euskalherria: País Basco

¡Agur, España!

Cronopiando por Koldo Campos Sagaseta. 

Así fuera Euskalherria la absurda quimera que amenazara el rey, el localismo estéril que pregonara Aznar o el dilema imposible al que Rajoy apela cada vez que oye el repique de la independencia salpicando las cuentas y los cuentos del reino que administra… ¡Agur España!

Así el repudio europeo nos aislara y fuéramos remitidos a un funesto e irremediable ostracismo, a un eclipse total de sol y luna; al cuarto oscuro en que purgar impulsos secesionistas y expiar extravagancias libertarias; así quedáramos anclados en la nada que el gobierno español nos desea y augura… ¡Agur España!

Así nos excomulgara el Vaticano y fuéramos consignados al limbo; así una pléyade de ilustres matamoros nos negara el favor desde los medios por practicar nacionalismos periféricos; asíla Armada Invenciblenos conminara a rendir unos delirios que asegura no tienen más destino que el naufragio… ¡Agur España!

Así fuera Euskalherria un páramo, un desierto, una laguna seca, una charca a la deriva, un salivazo en medio de un desagüe, un acertijo en ruinas; así se aguara el vino, así no hubiera pan sobre la mesa, así no hubiera mesa, tampoco sol ni estío… ¡Agur España!

Porque estamos hartos de tricornios, monteras y coronas, de golpes de charol y charreteras; hartos de campeadores y cachulis, de nazarenos y de macarenas; hartos de pelayos, pizarros, poceros y pantojas; hartos de escapularios, mantillas y peinetas, de duquesas del alba y de borbones de copas; hartos de su necedad, de su arrogancia, de su insensatez, de su torpeza; hartos de su intolerancia, de su ineptitud, de su impune violencia, hartos… ¡Agur España!

Imagem: Tali Feld Gleiser.

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