Deixar Buenos Aires, para reconhecer o Brasil

Por Victor Caglioni.

(Português/Español).

Eu e mais um texto de auto conhecimento coletivo…não sei o que acontece, não resisto, preciso escrever!

Para aqueles que gostam e para aqueles que não gostam de mim, lhes informo que minha maravilhosa estadia por Buenos Aires, termina (para bem e para mal, essa é uma grande controvérsia que todos que “saem” dessa cidade passam e passarão) chego ao Balneário de Camboriu em 3 de dezembro.

Peço paciência daqui para frente, para todos aqueles que desejarem contato, afinal além de finalizar a cursada da universidade, programei umas rotas turísticas que preciso fazer antes de ir, como economizei (em pesos argentinos) optei em gastá-los desfrutando de alguns dos maravilhosos lugares que se pode conhecer por aqui, além de curtir os momentos finais dessa jornada, que nunca  vou me arrepender de ter feito.

Com certeza eu voltarei a Buenos Aires algum dia, não fecho a possibilidade nem de voltar de vez, nunca se sabe, afinal essa é uma cidade única, mesmo que seu governo tem feito de tudo para acabar com seu encanto, abandonando-a, mas ela ainda é Baires.

Bom espero que todos possam entender que o Victor que saiu de Brasil em 2010, mudou muito, o jeito de falar e andar segundo alguns…nem café bebo  igual depois do curso que fiz aqui, internacionalmente conhecido risos… talvez me “porteñizei”, minha sorte é que me adapto fácil, ao menos é o que eu penso, espero não estar errado.

Sei que a mudança, vem para melhorar, mas tenho entendido que o “impacto” seguramente vai causar alguns revezes, mas estou preparado.

Quem sabe algum dia eu siga o exemplo do brilhante antropólogo argentino Alejandro Grimson e escreva sobre as “idiossincrasias”  que envolve nossos países irmãos. A tarefa não é fácil, não sei se me atreveria a tanto, afinal meu exemplo é um “groso” (grande, muito bom etc…) para usar a expressão argentina, e o caminho para chegar ao mesmo “nível” ainda é grande.

Tenho certeza de uma coisa, viver em Buenos Aires, não é tarefa das mais fáceis, verdade!.Mas com certeza é uma experiência linda e incrível, acho que todos brasileiros deveriam conhecer, desfrutar e estarem abertos a entender minimamente o que envolve a cultura argentina e portenha, em seus prós e contras, para perceber o quanto argentinos podemos ser, assim como os nossos hermanos quando vão ao Brasil se apaixonam pelo que apresentamos e descobrem o quanto brasileños podem ser.

Vou deixar essa linda cidade, o que não é muito fácil, digo psicologicamente falando, mas meu desejo profundo é que um dia eu possa sair de passeio e voltar à Argentina, encontrar Buenos Aires mais linda, que já é, mais cuidada e que a mistura de progresso material, mais ecológico e socialmente equilibrado (todos precisamos pensar muito nisso) consiga “dominar” todos os ares, tão bons que por aqui existem. Assim como o Brasil, afinal isso são coisas que geralmente só desejamos ao nosso próprio país, o que prova que como diz o poeta e cantor uruguaio Jorge Drexler a partir de hoje “mi casa está en la frontera.”. Ao menos mentalmente.

Fiz algumas amizades, das quais mudaram muito minha percepção de amizade, sabem de modo geral, acho muitíssimo mais difícil fazer amizade na Argentina que no Brasil, mas quando você consegue um amigo dentro dessa cultura, essa amizade é intensa, um tanto conflitiva, mais verdadeira e sincera. O que quero evidenciar é que, essa coisa de que são impossíveis as relações entre as duas culturas, que estas relações devem ser eternamente conflitavas e que todo tempo é preciso dizer que uma cultura é melhor que a outra (não existe cultura melhor ou pior, existe sim pontos positivos de cada uma delas que precisamos aprender a valorizar e identificar esses pontos, para tratar de nos superar) por tanto essa coisa de “brigas” são tão ridículas que sustentá-las realmente parece ser apenas um argumento de alguns interesses comerciais e futebolísticos risos…. aliás futebol sempre foi um tema que evitei, fica a dica. Claaaro!!

Vou dizer o que disse a uma amiga baiana que conheci num seminário da CLACSO aqui em Baires “eu sempre convido a todos, que quando possam venham conhecer, seguro vão adorar. A cidade é coletivamente um pouco histérica,chega ser divertido e insuportável as vezes, mas há muita gente incrível por aqui”.

Não é difícil se apaixonar pela cidade, há uma semana, por exemplo, tive o prazer de conhecer aqui, através de uma das minhas irmãs de alma, uma de nossas grandes antropólogas brasileiras vivas, de carreira sólida, que vive no Rio-Niterói, de grande bagagem humana, uma eterna jovem que literalmente se apaixonou por este pedaço de civilização. E acho que Baires é um pouco assim, uma jovem eterna, que mesmo com o passar dos anos, não perde seu pulsar.

É claro que não vou endeusar tudo, há problemas, é claro que sim, aliás, se vierem cuidem das bolsas e dos documentos (estes últimos deixem sempre nos hotéis, só os levem para o aeroporto, por favor!!!) táxis só os com bandeiras oficiais do governo (amarela nos bancos) ou façam um transfer pelo hotel.

Mas tem tantas outras coisas que podemos levar de lindo, especialmente culturais, gastronômicas e políticas (e sim, demora bastante para entender nossas diferenças nesse aspecto, mas vale apena) que os cuidados com a segurança são coisas que ficam um “tantinho” pequenas, a julgar pelo que passam muitos brasileiros em algumas de nossas gigantes capitais.

O relato é subjetivo e extenso, eu sei, são impressões momentâneas, escritas acompanhadas de um vinho incrivelmente rico (presente de minha irmã de alma Tama, bodega Nieto Senetiner re-aconselhado, há variedades, nem tão caro nem tão barato) e uma pizza que aprendi a fazer aqui! Voy a extrañar todo.

Abraço a todos!

Victor José Caglioni, 9 de novembro de 2012, aniversário de meu querido pai, meu presente foi dizer, que já voltarei.

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 Dejar Buenos Aires para reconocer Brasil

Yo otra vez con un texto de autoconocimiento colectivo … no sé lo que me pasa, no puedo resistir, ¡tengo que escribir!

Para los que gustan de mí y los que no, les informo que mi maravillosa estancia en Buenos Aires, termina (para bien o para mal, esta es una gran polémica que a todo aquél que “se vaya de acá” pasará) llegaré a Balneario Camboriu el día 3 de diciembre.

Les pido paciencia a partir de ahora, para todos aquellos que deseen ponerse en contacto de todos modos, además de la finalización de la cursada en la Universidad, he programado algunas rutas turísticas que tengo que hacer antes de ir. Como ahorré en pesos, opté por disfrutar de algunos maravillosos lugares que uno puede conocer aquí, y disfrutar de los últimos momentos de este viaje que nunca arrepentiré de haber hecho.

Por supuesto que volveré algún día a Buenos Aires, ni siquiera cierro la posibilidad de  volver para siempre, nunca se sabe, por que se trata de una ciudad única, aunque su gobierno ha hecho todo lo posible para detener su encanto con el “abandono”, ella sigue siendo Baires.

Bueno espero que todo el mundo pueda entender que el Víctor que salió de Brasil en 2010 ha cambiado muchas cosas, la manera de hablar y caminar, hasta el beber café no es el mismo después del curso de renombre internacional que hice aquí, sonrisas … quizás me “porteñicé”. Mi suerte es que me adapto con facilidad, al menos eso es lo que pienso, espero no estar equivocado.

Yo sé que el cambio sirve para mejorar, pero entiendo que el “impacto” seguramente causará algunos contratiempos, pero estoy preparado.

Quizás algún día seguiré el ejemplo del brillante antropólogo argentino Alejandro Grimson y escribiré sobre las “peculiaridades” que involucra a nuestros países hermanos. La tarea no es fácil, no sé si me desafío a hacerlo, al final mi ejemplo es un “Groso” (un gran, um rebueno …) para utilizar el término Argentina, y el camino para llegar al mismo “nivel” es todavía muy largo.

Estoy seguro de una cosa, vivir en Buenos Aires, no es tarea fácil, ¡de verdad!. Pero seguro es una experiencia hermosa y sorprendente, creo que todo brasileño que pueda debería disfrutar y estar abierto a entender mínimamente la cultura que rodea Argentina y Buenos Aires, sus aspectos positivos y negativos, ver cómo podemos ser  argentinos, así como a nuestros hermanos cuando van a Brasil se enamoran y a veces también descubren cómo pueden ser brasileños.

Voy a dejar esta hermosa ciudad, lo que no es muy fácil, digo psicológicamente hablando, pero mi deseo profundo es que algún día pueda salir y viajar de regreso a Argentina, encontrar Buenos Aires aún más hermosa, más cuidada y que la mezcla de progreso material sea más ecológica y socialmente equilibrada (todos tenemos que pensar en eso) y que “domine” todo el buen aire que existe aquí. Al igual que Brasil eso es lo que por lo general sólo queremos a nuestro propio país, lo que demuestra que el poeta y cantante uruguayo Jorge Drexler decía hace sentido hoy “Mi Casa está en la frontera.”. Por lo menos mentalmente.

He hecho algunas amistades, lo que cambió mi percepción de eso, en general creo que es mucho más difícil hacer amigos en Argentina que en Brasil, pero cuando llegas a tener un amigo dentro de esa cultura, la amistad es intensa, un poco conflictiva, más verdadera y sincera, al menos así fueron mis experiencias.

Lo que quiero destacar es que esto de que son imposibles las relaciones entre las dos culturas, que estas relaciones deben ser eternamente conflictivas  y siempre hay que decir que una cultura es mejor que la otra (no hay cultura mejor o peor, sí, hay puntos fuertes en cada una, que debemos aprender a valorar e identificar para tratar de superarnos) por lo tanto, las grandes “peleas” son tan ridículas que creo que realmente son más argumentos de algunos intereses comerciales y del fútbol (sonrisas) …. Por otra parte, el fútbol siempre ha sido un tema que he evitado, quédense con esa pista. ¡Claaaro!

Voy a decir lo que le dije a una amiga de Bahía que conocí en un seminario de la CLACSO aquí en Baires “Siempre invito a  todos, cuando puedan vengan a conocer, seguro que les encantará. La ciudad es un poco colectiva-histérica, llega a ser divertido e insoportable a veces, pero hay muchas personas increíbles acá!”.

No es difícil caer de amores por la ciudad, hace una semana, por ejemplo, tuve el placer de conocer aquí, a través de una de las hermanas de mi alma, una de nuestras grandes antropólogas brasileñas viva, de carrera sólida, vive en Rio-Niterói, con un grande “equipaje” humano, uma eterna joven enamorado de esta pieza de la civilización. Y creo Baires es un poco como una eterna juventud, que a pesar de los años que pasan, no pierde su pulso.

Por supuesto no voy a endiosar todo, hay problemas, está claro que sí, en efecto, si se vienen cuiden los bolsillos y documentos (esto último siempre dejen en hoteles, sólo les saquen cuándo van al aeropuerto, por favor!) Taxis sólo los con bandera del gobierno amarillas (en los bancos) o hagan una transfer por el hotel.

Pero tiene muchas otras cosas que podemos llevar de lindas, especialmente culturales, gastronómicas y políticas (y sí!!, Se necesita mucho para entender nuestras diferencias en este aspecto, pero vale la pena) de que la seguridad y  la atención son las cosas que son un “poco” pequeñas, a juzgar por lo que muchos brasileños viven  en algunas de nuestras  gigantes capitales.

El relato es subjetivo y extenso, lo sé, son impresiones momentáneas, escritas acompañadas de un vino muy rico (regalo de mi hermana del alma Tama, bodega Nieto Senetiner recomendados, hay variedades ni tan caro, ni tan barato) y una pizza que aprendí a hacer aquí. Vou sentir saudades.

¡Saludos a todos!

Víctor José Caglioni, 9 de noviembre de 2012, el aniversario de mi querido padre, mi regalo fue  decirle que volveré en pronto.

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