Santiago do Chile, 25 set (Prensa Latina) Os quatro presos mapuches que mantêm greve de fome no cárcere de Angol, na Araucanía chilena, já perderam até 10 quilos, ao cumprir hoje um mês em estado de inanição.
Segundo reportagem da Rádio Cooperativa, o dirigente comunitário Daniel Melinao mostrou-se preocupado com o estado de saúde dos réus e denunciou que não teve nenhuma aproximação das autoridades.
O dirigente informou que se interpôs um recurso de nulidade perante a Corte Suprema, para evidenciar que no julgamento “houve uma condenação racista, discriminatória e ao mesmo tempo não se respeitou o devido processo”.
De acordo com Melinao, os presos têm maiores sintomas sintomas de tonteira, cansaço e em geral deterioramento físico, mas mantêm-se negados não só a ingerir alimentos, como também a ir a um hospital.
Erick Montoya, Rodrigo Montoya, Paulino Levipan e Daniel Levinao permanecem enclausurados no cárcere de Angol e exigem que a Corte Suprema de Justiça revise as condenações.
Os dois últimos foram sentenciados em agosto deste ano a 10 anos e um dia de prisão pelo delito de homicídio frustrado contra policiais Carabineiros em serviço e a 541 dias de cárcere por porte ilegal de arma de fogo.
Em comunicados emitidos recentemente, os presos defendem também a devolução total do território do povo Mapuche, a desmilitarização imediata das terras dessa comunidade e a não-utilização por parte da justiça de testemunhas protegidas nem montagens político-judiciais.
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