Santa Catarina tem 1 ano para erradicar arrendamento de Terras Indígenas

A decisão alcança as terras indígenas de Xapecó, incluindo a TI Xapecó-Pinhalzinho-Canhadão, Toldo Pinhal, Toldo Imbu, Toldo Chimbangue e Toldo Chimbangue II e a Reserva Indígena Aldeia Kondá. Todas as áreas são habitadas pelas etnias Kaingang e Guarani

Foto: CIMI/SUL

Em BdF.

Após manifestação do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal determinou a elaboração e execução, no prazo máximo de 1 ano, de Projetos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) em Terras Indígenas (TIs) do Oeste de Santa Catarina, para erradicar o arrendamento dos territórios, que é ilegal, e a produção agrícola com uso de transgênico.

A ação do MPF coloca como réus a União, o Estado de Santa Catarina, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

A decisão alcança as terras indígenas de Xapecó, incluindo a TI Xapecó-Pinhalzinho-Canhadão, Toldo Pinhal, Toldo Imbu, Toldo Chimbangue e Toldo Chimbangue II e a Reserva Indígena Aldeia Kondá. Todas as áreas são habitadas pelas etnias Kaingang e Guarani.

De acordo com a decisão, os réus terão 90 dias para criar uma comissão interinstitucional, com a participação de indígenas, para elaborar e apoiar “iniciativas de qualificação das políticas públicas, dos programas e ações da agricultura familiar e de proteção ambiental”.

A liminar judicial estabelece ainda que, enquanto não elaborado e implementado o PGTA das terras indígenas, União, Funai, Ibama e Estado de Santa Catarina devem garantir a segurança alimentar das famílias que comprovem essa necessidade.

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