Festival Ajeum: Raízes de Mercedes Baptista, na Zona Sul, acaba no próximo fim de semana

O evento acontece na Fábrica de Cultura Jardim São Luís e entre as atrações estão Bando Mukuvu, Iasmim Alice, Próximo Coletivo, Cacuriá Pé no Terreiro, Grupo Flying Low, Dina Maia, Kley Hudson, Zona Agbara, Maracatu Ouro do Congo, oficinas gratuitas e rodas de conversa.

Mukuvu Bando Mukuvu. Foto: Romero Cruz

Últimos dias da 2ª edição do Festival Ajeum, acontecem nos dias  11, 12 e 13 de abril de 2024 (quinta-feira a sábado), na Fábrica de Cultura Jardim São Luís, na Zona Sul de São Paulo (SP) com entrada gratuita e atividades abertas ao público de todas as idades.

O Festival Ajeum é um um projeto de arte negra, concebido por Djalma Moura (@djalma_pele_moura) e Núcleo Ajeum (@nucleoajeum), que se dedica a linguagem da dança e suas conexões, inspirando reflexões entre arte, público e periferia construindo memórias que atinjam diversas gerações.

No dia 11 de abril (quinta-feira), a partir de 15h, acontece o show do Bando Mukuvu, exibição do vídeo performance “Raiz D’agua”, de Iasmim Alice, oficina de Pagode Baiano com Vick Fonseca, apresentação de “O verdadeiro momento do falso – ou dois, três passos para construir o real”, com o Próximo Coletivo.

Na sexta-feira, dia 12 de abril, a partir das 10h, acontece o show “Cacuriá Pé no Terreiro”, oficina “Técnica Silvestre”, com Ágata Matos, apresentação do espetáculo “Menino Assum Preto” com Grupo Flying Low, exibição do vídeo performance “Corpo Monstro – Memória de minha plantação” com  Dina Maia, apresentação “Corpas Trans é???”, com Kley Hudson, e apresentação de “Engasgadas”, com  Zona Agbara.

No sábado (13), a partir das 15h, acontece a oficina de danças urbanas e passinho, com Rodstyle e Ed Santos, roda de conversa com o Fórum de Dança da Zona Sul e show com Maracatu Ouro do Congo.

O festival tem como homenageada Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Fundadora de um modo de pensar dança negra contemporânea no Brasil, Mercedes criou uma escola de formação em dança e inaugurou a primeira Cia de dança negra do país, o Ballet Folclórico Mercedes Baptista, em 1953. A artista atuou no Teatro Experimental do Negro, sob orientação de Abdias do Nascimento, figura importante na história da arte negra no Brasil.

As ações fazem parte do projeto “Festival Ajeum: Raízes de Mercedes Baptista” contemplado no Edital PROAC Nº 37/2023 – Cidadania Cultural – Cultura Negra, Urbana e Hip Hop, realizado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

Informações: www.nucleoajeum.com, www.facebook.com/nucleoajeum e @nucleoajeum

Serviço: Festival Ajeum: Raízes de Mercedes Baptista

Com Núcleo Ajeum e participações especiais

Quando: 11 a 13 de abril de 2024 – Grátis – Onde: Fábrica de Cultura Jardim São Luís – Endereço: R. Antônio Ramos Rosa, 651 – Jardim São Luís, Zona Sul, São Paulo – SP, 05822-010

Dia 11 de abril de 2024 (quinta-feira) – a partir das 15h

15h – Grupos/Cias/Coletivos – Bando Mukuvu “Mukuvu” – Sinopse: Uma viagem bantu umbigueira que habita jovens ocidentais com danças que giram e apagam as consciências. É o preto afeto que surpreende quem escuta as histórias dos pretos e das pretas velhas entre golpes e goles de café. Classificação: Livre

17h – Exibição do Vídeo Performance – Iasmim Alice “Raiz D’agua” – Sinopse: Em conexão com um dos mitos fundadores do Congado mineiro e a herança de ser Rainha do Congado de Ibertioga/MG, dançar a água, performar uma rainha das águas – um arquétipo de um ser místico e ao mesmo tempo real, um ser ancestral e ao mesmo tempo uma projeção, uma auto imagem. Classificação: Livre

18h – Oficina  – Vick Fonseca “Pagode Baiano”- Sinopse: Compartilhar pela perspectiva de danças pretas de lugares marginalizados através de movimentos de quadris e braços swingados, que se tornam a mistura de uma festa de largo com a batucada 6/8 resultando no pagode baiano (Salvador). Classificação: Livre

20h – Solos/Duos ou Trios – Próximo Coletivo “O verdadeiro momento do falso – ou dois, três passos para construir o real” – Sinopse: explorar a relação entre realidade e ilusão, trazendo reflexões sobre a nossa percepção de mundo e como ela pode ser influenciada pelas diversas formas de representação que nos cercam. Cenas para se reimaginar o real. Classificação: Livre

Dia 12 de abril de 2024 (sexta-feira) – a partir das 10h

10h – Show – “Cacuriá Pé no Terreiro” – Sinopse: Representando a chegada da corte ao Brasil, o espetáculo tem sua abertura com a simulação de um cortejo seguido por brincantes e músicos. Forma-se então a roda onde a Dança das Caixeiras acontece e os brincantes dão formas aos versos, recriando-lhes nos movimentos de cada história “cantada”. Classificação: Livre

15h – Oficina – Ágata Matos “Técnica Silvestre” – Sinopse: Técnica de dança contemporânea em constante evolução que investiga a unificação dos símbolos que expressam aspectos do Universo – Cosmologia – Fisicalidade, para o processo de descoberta, possibilidades de movimento e conexões com a intuição , expressão e equilíbrio. Classificação: Livre

15h – Grupos/Cias/Coletivos – Grupo Flying Low “Menino Assum Preto” – Sinopse: Partindo das histórias do pássaro nordestino Assum Preto, tema da música cantada por Luiz Gonzaga, um paralelo entre a agonia do pássaro como produto e os anseios da classe trabalhadora periférica em busca do capital. Ambos impedidos de voar com suas asas. Classificação: Livre

17h – Exibição do Vídeo Performance – Dina Maia “Corpo Monstro – Memória de minha plantação” – Sinopse: A obra transmuta as possibilidades de denuncia a partir de um corpo mulheril, negro e gordo, visibilizando os atos racistas a ele acometido,acessando a memória ancestral buscando justiça a partir da indignação. Classificação: 18 anos

19h – Solos/Duos ou Trio  – Kley Hudson “Corpas Trans é???” – Sinopse: Com movimentos que contam histórias antigas e futuros, Kley dança com a coragem de desafiar normas e estereótipos. Um grito de resistência, uma contemplação à diversidade e uma celebração de corpos trans, pretes e favelades. Classificação: 18 anos

20h – Grupos/Cias/Coletivos – Zona Agbara “Engasgadas” – Sinopse: Seis intérpretes expõem as violências que seus corpos pretos e gordos sofrem na vida e avisam que não aceitam mais engolir esse mundo indigesto. Classificação: 18 anos

Dia 13 de abril de 2024 (sábado)  – a partir das 15h

15h – Oficina – Rodstyle e Ed Santos (danças urbanas e passinho) – Sinopse: fundamentos que regem as danças urbanas, o funk e as bases sociais,  steps divididos entre old school, middle school e new school. Classificação: Livre

17h – Roda de Conversa – Fórum de Dança da Zona Sul – Sinopse: Conversas e reflexões acerca das produções de dança e os atravessamentos que os editais públicos e a falta deles reverba nos trabalhos continuados dos grupos e artistas. Classificação: Livre

19h – Show – Maracatu Ouro do Congo “Ouro do Congo é Vovó”- Sinopse: A força do tambor, a dança que celebra os Reis do Congo e a alegria de cantarmos nossa história. Uma manifestação de resistência negra e periférica, trazendo para a rua a força e a sabedoria de cantos, toques e movimentos ancestrais. Classificação: Livre

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