Terra.- Os investigadores da Polícia Federal (PF) esperam concluir as investigações sobre Jair Bolsonaro dentro de um prazo de 4 meses. Entre as apurações, está o inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado, supostamente orquestrada pelo ex-presidente, seus aliados e membros das Forças Armadas.
De acordo com a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, os investigadores planejam apresentar o relatório final deste caso ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, até julho.
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O ex-presidente e seus advogados consideram esta investigação como a única que poderia resultar em sua prisão, por isso estão atentos ao momento em que a Polícia Federal concluirá a investigação.
A primeira investigação sobre Bolsonaro que será concluída pela PF, no entanto, deve ser a que investiga a falsificação de certificados de vacinação do ex-presidente, seus familiares e ex-assessores.
A segunda investigação refere-se ao caso das joias da Arábia Saudita que entraram ilegalmente no Brasil e que eram destinadas ao ex-presidente. Segundo a PF, Bolsonaro tentou apropriar-se ilegalmente de peças de diamantes que eram destinadas à União. De acordo com integrantes da PF, o que falta para concluir esse inquérito são alguns documentos provenientes da cooperação internacional firmada com os Estados Unidos, já que as peças foram comercializadas em território americano.
O terceiro e mais relevante caso, conforme avaliação da PF, será concluído até o fim do primeiro semestre e investiga a tentativa de golpe de Estado, com o objetivo de evitar a posse do presidente Lula. Inicialmente, havia a expectativa na PF de que o caso pudesse ser finalizado no fim do ano passado, mas novos elementos surgiram, o que demandou diligências adicionais e ampliação da investigação.
Depoimentos de ex-comandantes das Forças comprometem Bolsonaro
Os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, forneceram detalhes à Polícia Federal sobre as articulações golpistas lideradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em depoimento, eles afirmaram ter participado de uma reunião convocada por Bolsonaro para discutir uma minuta de um decreto golpista. As informações são do jornalista Aguirre Talento.
As oitivas foram considerados cruciais pelos investigadores, pois confirmaram as suspeitas iniciais da investigação e acrescentaram novos elementos para aprofundar o caso.
Freire Gomes prestou depoimento na última sexta-feira, 1º, e confirmou sua presença na reunião relacionada ao decreto golpista, conforme informações são da CNN.
Segundo fontes próximas à investigação, o ex-comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, também confirmou sua presença na mencionada reunião. Entretanto, o conteúdo dos depoimentos permanece sob sigilo.
Os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica confirmam as informações fornecidas na delação premiada de Mauro Cid. Já o comandante da Marinha optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento à PF.