Sequestro de policiais, incêndios e fugas: Equador em seu primeiro dia sob estado de emergência

Nas últimas horas, ocorreram tumultos em cinco prisões do país.

Foto: Twitter @FFAAECUADOR

Por RT.

Depois que o presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de emergência e toque de recolher das 23h de segunda-feira às 5h desta terça-feira, um grupo de policiais foi sequestrado no país sul-americano, que vive uma onda de violência.

“Esta noite, na UPC [Unidade de Polícia Comunitária] Wilson Franco Machala, foram raptados três polícias, que estavam de serviço no local”, informou a Polícia Nacional através de uma mensagem na rede social X.

Além disso, o instituto armado também informou que na cidade de Quito, na UPC Llano 1, um policial “foi sequestrado por três anti-sociais que dirigiam um veículo com os vidros escuros e sem placa”.

Unidades especializadas já realizam trabalhos de resgate dos sequestrados e prisão dos criminosos. “Nenhum desses eventos ficará impune”, afirmou a Polícia.

Circula nas redes sociais um vídeo em que se vê, supostamente, um dos agentes sequestrados, identificado como Alberto Gómez, com três armas apontadas à ele enquanto pede ao presidente Noboa que “pare com isso”.

“Sou o suboficial Gómez Alberto, trabalho no bairro Calderón, aqui na cidade de Quito, trabalhava no setor Llanos e, por favor, me ajude, tenho família, pare com isso, senhor presidente”, ele diz na gravação, que termina com o uniformizado caído no chão, enquanto seus captores disparam as armas, sem que seja possível perceber se algum dos tiros o atingiu.

Além disso, durante a última noite ocorreram numerosos incidentes no país, como o incêndio de veículos nas províncias de Esmeraldas, Los Ríos, Guayas e Pichincha, conforme noticiado por diversos meios de comunicação nacionais como a Ecuavisa.

Fugas e tumultos

A notícia atinge a opinião pública equatoriana ao mesmo tempo em que se toma conhecimento nesta terça-feira (9) da fuga de Fabricio Colón Pico, que estaria por trás de um plano para atacar a procuradora-geral do Equador, Diana Salazar, e que foi preso na última sexta-feira.

Além disso, os motins nas prisões ainda não estão totalmente controlados, como é o caso da prisão de El Turi, em Cuenca, onde os presos permaneceram a noite toda nos telhados do centro de detenção, segundo o El Telégrafo.

Dentro da prisão El Inca, em Quito, ocorreu um incêndio, como parte do motim dos presos. Nas prisões de Cotopaxi, Machala e Ambato também ocorrem motins.

A Polícia informou que se mantém o controle do centro penitenciário de Guayas, em Guayaquil, justamente o centro de onde fugiu Adolfo Macías Villamar, vulgo ‘Fito’, líder da rede criminosa Los Choneros e considerado um dos criminosos mais perigosos do país. o país.

Nas últimas horas também ocorreu uma explosão na faixa de pedestres do setor Monjas, na rodovia geral Rumiñahui, em Quito. Segundo a Prefeitura de Pichincha, a infraestrutura está em condições operacionais, embora a faixa de pedestres permaneça fechada até a conclusão das obras.

Na manhã desta terça-feira, também foi relatada a explosão de uma viatura da Polícia no bairro Quevedo-Mocache, poucas horas depois de outros dois veículos explodirem em Quevedo e El Empalme.

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