O Ministro da Economia anunciou um plano de guerra contra os trabalhadores, com medidas como o aumento da taxa de câmbio oficial, a demissão de funcionários públicos e a redução de subsídios para serviços públicos. O presidente Javier Milei mentiu na campanha eleitoral quando disse que se ajustaria à casta política.
Luis Caputo listou as seguintes medidas a serem tomadas:
-Não renovação dos contratos de trabalho do Estado que tenham menos de um ano de vigência.
-Suspensão da publicidade por um ano (o ministro da Economia disse que US$ 34 bilhões foram gastos em publicidade em um ano). Os ministérios são reduzidos de 18 para 9 e as secretarias estaduais de 106 para 54.
-Reduzir ao mínimo as “transferências discricionárias do Estado federal para as províncias”. Não haverá mais novas licitações de obras públicas.
-Cortar os subsídios de energia e transporte. Isso implica um aumento nas tarifas de serviços públicos. Outro golpe no bolso.
-Manter os planos “Potenciar Trabalho” de acordo com o Orçamento de 2023.
-Desvalorização, a taxa de câmbio oficial sobe para US$ 800 e o imposto PAÍS aumenta. “Vamos ajustar a taxa de câmbio oficial para US$ 800 para que os setores produtivos tenham os incentivos certos para aumentar sua produção. Isso será acompanhado por um aumento temporário no imposto sobre importações e exportações não agrícolas do país”, disse Caputo.
“Após a emergência, vamos avançar com a eliminação de todos os direitos de exploração, um imposto perverso que não nos agrada e que impede o desenvolvimento argentino”, acrescentou o ministro da Economia.
-SIRAs serão eliminados. Em outras palavras, será possível importar sem autorizações. “Eles serão substituídos por um sistema estatístico e de informações que não exigirá aprovação prévia de licenças. A discricionariedade acabará. Quem quiser importar poderá fazê-lo, ponto final”, disse Caputo.
-O valor do Subsídio Universal para Crianças e do Cartão Alimentação será dobrado em 100%. Mas a inflação será maior do que essa porcentagem.
Nesta terça-feira, o ministro da Economia, Luis Caputo, deu detalhes do “pacote de urgência econômica”, uma bateria de medidas que inclui aumento de tarifas, desvalorização e, como consequência, um aumento brutal da inflação.
CAPUTO E A “REVISÃO” DA PIOR HERANÇA
“Estamos enfrentando a pior herança de nossa história. Um país onde os argentinos estão cada vez mais pobres, com um déficit fiscal que ultrapassa 5,5 pontos do PIB. Com um Banco Central com um balanço patrimonial absolutamente deteriorado. Sem nenhum dólar em seus ativos. Uma emissão monetária nesses quatro anos de mais de 20 pontos do produto, o que fez com que a inflação navegasse atualmente a 300% ao ano e castigasse os argentinos todos os dias”.
“Preços reprimidos na energia, nas tarifas, no dólar que estão sendo pagos entre a metade e um quinto de seu valor real. Dívidas de mais de 400 bilhões de dólares, incluindo passivos do BCRA, dívida do tesouro, dívidas com importadores, lucros retidos, dívida com organizações multilaterais de crédito.
“Se continuarmos como estamos, estaremos inevitavelmente caminhando para a hiperinflação. Podemos, como disse o Presidente, atingir níveis de 15.000% ao ano. Para entender o que isso significa, estamos falando de um leite que passa de 400 pesos para 60.000 pesos no espaço de um ano”.
“Nossa missão é evitar essa catástrofe”.
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