Terra.- A Polícia Federal faz buscas nesta sexta-feira, 11, em endereços ligados ao general do Exército Mauro César Lourena Cid, que é pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Barbosa Cid – preso desde maio no bojo de uma operação sobre a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.
Endereços de Mauro Cid e de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, também são alvos da Operação Lucas 12:2. De acordo com a PF, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, dois em Brasília, um em São Paulo e um em Niterói (RJ).
A Polícia Federal informou que os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.
Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
O nome da operação (Lucas 12:2) é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
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