Durante o mês de julho, Helena Black – persona criada pelo ator Paulo Reis – leva todo seu encanto e carisma às Bibliotecas Municipais da cidade de São Paulo, integrando a programação elaborada pela Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB, que contempla 14 unidades. Helena Black em A Grande Árvore é mais um encontro da drag queen contadora de histórias com a obra da autora Janaína Leslão, desta vez dando luz ao fundamental tema da adoção.
Imersa no conto de fadas A Grande Árvore, Helena Black está no caminho dessa Grande Árvore para contar a história de Rudá, um garoto que, ao chegar no Casulo – no reino de Enseada, ouve seu coração e embarca em uma aventura. E assim, era uma vez…
Essa árvore era tão grande que seus galhos pareciam tocar o céu; ninguém sabia se suas raízes teriam fim. Tudo ia bem até que os fios da Grande Árvore ficaram desorientados: enquanto algumas famílias eram privadas de gestar seus filhos, crianças nasciam onde não eram esperadas. Helena Black, junto a Rudá, embarca numa jornada para ajudar a Grande Árvore cumprir seu destino: haverá um meio de juntar as crianças e os adolescentes às mães e os pais que se desencontraram, para que… se adotassem?
Nesse livro, Janaína Leslão dá continuidade às narrativas de A Princesa e a Costureira, A Rainha e os Panos Mágicos e Joana Princesa, usando a metáfora da árvore genealógica. Paulo Reis comenta que “o fato de A Grande Árvore se tratar de um conto de fadas sobre adoção, dentro de uma continuação literária, potencializa um processo que estará sempre em pauta, pois as histórias serão sempre contadas e recontadas, e isso o faz lembrar os moldes de oralidade de nossas origens”.
Em 2023, Helena Black está comemorando 13 anos. Desde a sua criação, entre seus sonhos está o desejo de ouvir e contar histórias. E esse tem sido um caminho de diversos encontros e afetos. “Ao contar uma história, é possível acessar tanto quem escuta como quem a conta. É criada uma relação, o imagético é ativado”, diz. É sabido que as histórias e a leitura têm função fundamental para a formação humana. Helena reforça que “este hábito deve ser cultivado desde a primeira infância, criando possibilidades de transformação, principalmente nesse momento de tanta intolerância e agressividade com as diferenças. E ter uma drag queen contando histórias é fundamental para romper o senso comum preconceituoso”.
Contar histórias pressupõe uma escuta atenta e afetuosa. E mais do que contar histórias, o projeto Helena Black no Caminho da Grande Árvore busca dar continuidade à sua pesquisa, visando tirar as drag queens das casas de show e ocupar todos os espaços através da arte, da narrativa, do encontro e da poesia.
Paulo Reis e A Grande Árvore – uma história de identificação
No livro A Grande Árvore, Rudá é um garoto que encontrou cuidados no Casulo, abrigo criado pela líder das fadas de Enseada. O artista Paulo Reis, criador de Helena Black, ao ler o livro se conectou à narrativa, relembrou de seu processo de adoção na infância. Aos 6 anos, a criança Paulo vê seu pai se encantar; o senhor Francisco fez a travessia e foi visitar novos reinos. Com essa nova realidade, a família precisou se adaptar. Cada filho foi para um lar diferente, e o pequeno Paulo passou a morar na casa de sua madrinha, mas não se adaptou, pois a filha da madrinha vivia a reclamar. O pequeno Paulo então teve uma surpresa: a companheira do primo de seu pai resolve ser a sua nova mãe. E assim foi: Paulo foi criado pela Dona Terezinha e pelo Seu Júlio. Segundo Paulo Reis, com a leitura do livro, surgiram questionamentos. “Uma criança que passa por esse processo, está inserida realmente no contexto familiar? Quais foram os processos vividos por ela? Será que a sociedade e as instituições acolhem de fato essas crianças?”, reflete o criador.
FICHA TÉCNICA – Drag queen: Helena Black. Concepção musical: Paulo Reis e Paulo Pixu. Figurino: Karine Lopes. Bonecos: Maria Bia Artesanatos e Vanessa Marques. Assessoria de Imprensa: Verbena Comunicação. Fotografia: Andressa Santos. Produção geral e artística: Paulo Reis. Produção executiva e administração: Monica Soares.
Serviço
Contação de histórias: Helena Black em A Grande Árvore
Bibliotecas Municipais de São Paulo
CSMB – Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas
Gratuito. Duração: 40 min. Classificação: Livre.
Datas e locais
4 de julho – Terça, às 14h
Biblioteca Clarice Lispector
Rua Jaricunas, 458 – Siciliano (Zona Oeste). SP/SP.-
5 de julho – Quarta, às 10h
Biblioteca Paulo Duarte
Rua Arsênio Tavolieri, 45 – Jardim Oriental (Zona Sul). SP/SP.
6 de julho – Quinta, às 14h
Biblioteca Roberto Santos
Rua Cisplatina, 505 – Ipiranga (Zona Sul). SP/SP.
7 de julho – Sexta, às 14h
Biblioteca Monteiro Lobato
Localizado em Rua Gen. Jardim, 485 – Vila Buarque (Centro). SP/SP.
11 de julho – Terça, às 14h
Biblioteca José Paulo Paes
Largo do Rosário, 20 – Penha de França (Zona Leste). SP/SP.
12 de julho – Quarta, às 10h
Biblioteca Brito Broca
Avenida Mutinga, 1425 – Vila Pirituba (Zona Norte). SP/SP.
13 de julho – Quinta, às 14h30
Biblioteca Vinícius de Moraes
Rua Jardim Tamôio, 1119 – Conjunto Residencial Jose Bonifácio (Zona Leste). SP/SP.
14 de julho – Sexta, às 10h
Biblioteca Affonso Taunay
Rua Taquari, 549 – Mooca (Zona Leste). SP/SP.
19 de julho – Quarta, às 14h
Biblioteca Álvares de Azevedo
Praça Joaquim José da Nova, 49 – Vila Maria (Zona Norte). SP/SP.
20 de julho – Quinta, às 14h
Biblioteca Afonso Schmidt
Avenida Elísio Teixeira Leite, 1470 – Vila Cruz das Almas (Zona Norte). SP/SP.
22 de julho – Sábado, às 11h
Biblioteca Anne Frank
Rua Cojuba, 45 – Itaim Bibi (Zona Oeste). SP.
25 de julho – Terça, às 14h
Biblioteca Menotti Del Picchia
Rua São Romualdo, 382 – Limão (Zona Norte). SP/SP.
26 de julho – Quarta, às 14h
Biblioteca Prof. Arnaldo Magalhães Giácomo
Rua Restinga, 136 – Tatuapé (Zona Leste). SP/SP.
27 de julho – Quinta, às 10h
Biblioteca Aureliano Leite
Leite Rua Otto Schubart, 196 – Parque São Lucas (Zona Sudoeste). SP/SP.