Redação, Desacato.info.
No próximo sábado (17), na Praça Central de Pinhalzinho, oeste catarinense, será realizada a 2ª Parada LGBTQIAP+. O evento organizado pela UNA LGBTQIAP+ foi tema de entrevista no JTT-Manhã Com Dignidade desta quinta-feira (15), com o secretário de formação da UNA Nacional, Andriél de Moura. O slogan desta edição é: “Ninguém vai poder (querer) nos dizer como amar”.
As atividades da entidade iniciaram em Pinhalzinho, após a pintura de um muro com as cores LGBTQIAP+ que foi onde o preconceito e o conservadorismo de grupos da cidade ficou evidente. Como ainda é o início deste movimento, segundo Andriél, foram encontradas algumas dificuldades para a organização do evento, mas, está 99% concluído.
Entre as principais dificuldades estão: conseguir apoios financeiros e lidar com o medo existente em relação a cultura de julgamento e discriminação. Por isto, a existência da UNA se torna fundamental ao que se refere a defesa dos direitos da comunidade. “É muito preconceito que a gente sofre aqui, então é bem difícil, ninguém da o braço a torcer, ninguém vem e nos auxilia, todos ficam com ‘medo’ do que possa acontecer”, conta.
No âmbito dos direitos humanos, uma das questões mais debatidas refere-se a dificuldade de acesso à vagas de trabalho das pessoas LGBTQIAP+. Segundo o representante da UNA, o “currículo pode ser perfeito, a pessoa pode tratar bem, dizer que não tem preconceito, mas, não contrata”.
Após a realização da primeira edição, Andriél, conta que se percebeu o incômodo da sociedade local – incapaz de compreender a diversidade – pois as atividades se estenderam ao longo do ano. No primeiro ano, houve mais apoio para a realização o que não ocorreu neste ano. De qualquer maneira, a persistência, também vista pelo coletivo, irá persistir.
A programação irá contar com apresentações culturais e participações de Chapecó-SC e São Miguel do Oeste. “Para mim é uma felicidade muito grande nós estar conseguindo fazer esta segunda parada, lutando pelos nossos direitos, mas, trazendo alegria para nossa população LGBTQIAP+” ressaltou.
Para assistir à entrevista completa, acesse: