Consuelo de Paula inicia circulação do show Maryákoré por Campinas e Jundiaí

Nessas cidades, Consuelo de Paula (voz, violão e percussão) apresenta-se acompanhada por Guilherme Ribeiro, ao piano e acordeon.

Por Eliane Verbena.

Em março, a cantora e compositora mineira Consuelo de Paula dá início a uma série de apresentações, gratuitas, por cidades paulistas com o show Maryákoré, nome de seu sétimo álbum solo, lançado no final de 2019.

Campinas é a primeira cidade contemplada na circulação. O show acontece no dia 30 de março (quinta) no Centro Cultural Casarão, às 20 horas. No dia 31 de março (sexta), o espetáculo segue para Jundiaí, onde ocupa o palco do Teatro Polytheama, às 20 horas.

Nessas cidades, Consuelo de Paula (voz, violão e percussão) apresenta-se acompanhada por Guilherme Ribeiro, ao piano e acordeon.

Além de apresentar seu disco recente, em composições como “Maryákor锓Arvoredo”, “Os Movimentos do Amor” e “Saudação”  o roteiro traz ainda músicas fundamentais, gravadas ao longo de sua trajetória, entre as quais: “Rainha (Tema da Cachoeira)”, de Tambor e Flor“Retina” e “Dança Para Um Poema”, de Dança das Rosas“Caicó” (cantiga recolhida por Villa-Lobos) e Piedra y Camino” (Atahualpa Yupanqui), de seu DDV Negra; e “Adeus, Guacyra” (Hekel Tavares e Joracy Camargo), que ela gravou no disco Canta Inezita. Entre outras novidades, Consuelo também interpreta vários temas de congadeiros e moçambiqueiros de Minas Gerais (cultura que permeia toda sua obra).

Estas apresentações integram o projeto Maryákoré, de Consuelo de Paula, contemplado pelo ProAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, no Edital Nº 16/2022 – Música Popular / Circulação de Espetáculo.  As demais datas da circulação serão divulgadas oportunamente.

O CD Maryákoré

Maryákoré é uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano). Além de assinar todas as composições, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos e violões e por algumas percussões. É nítida no disco a harmonia entre Consuelo e sua música, com sua poesia, expressão e estética apresentada. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, nota-se a artista imersa em sua história: vida e a arte integrada às canções. O violão, seu instrumento de composição, nesse trabalho revela-se também de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou o violão e a voz juntos, ao vivo no estúdio, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido nas faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela. Em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico.

Consuelo de Paula

Com oito discos gravados, Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical. Possui músicas gravadas por Maria Bethânia (“Sete Trovas” – CD Encanteria, também lançada em single, em 2021) e Alaíde Costa (“Bem-me-quer” – CD Porcelana, com Gonzaga Leal). Apresentou-se no Gran Rex, em Buenos Aires, foi destaque na capa do Guia Brasilian Music (Japão), que elegeu os 100 melhores discos da música brasileira, e gravou o programa Ensaio, de Fernando Faro (TV Cultura). Consuelo participa dos discos Divas do Brasil (em Portugal, que reúne Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert e outras), Senhor Brasil (ao lado de Rolando Boldrin), Prata da Casa (Sesc SP) e Cachaça Fina (Spirit of Brazil). Assina o roteiro de Velho Chico – Uma Viagem Musical, de Elson Fernandes, no qual interpreta “O Ciúme” (Caetano Veloso), considerada a “gravação definitiva” pelo crítico Mauro Dias (Estadão). Entre os projetos que participou, destaque para: Projeto Pixinguinha (Funarte); Elas em Cena, com Cátia de França e Déa Trancoso; Canta Inezita (show e CD); e livro Retratos da Música Brasileira (Pierre Yves Refalo / 50 anos da TV Cultura e 14 anos do programa Sr. Brasil). Sua discografia teve início com a trilogia Samba, Seresta e Baião (1988), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004), da qual foi lançada a coletânea Patchworck, no Japão. Em 2011, lançou o DVD Negra, seguido pelos CDs: Casa (2012), O Tempo e O Branco (2015), Maryákoré (2019) e Beira de Folha (2020, em parceria com o violeiro João Arruda). Consuelo também lançou o livro A Poesia dos Descuidos, com cartões de arte de Lúcia Arrais Morales.

Serviço

Show: Consuelo de Paula – em Maryákoré

Consuelo de Paula (voz, violão e percussão) e Guilherme Ribeiro (piano e acordeon).

Duração: 60 minutos. Classificação: Livre.

Campinas

30 de março. Quinta, às 20h

Centro Cultural Casarão

  1. Maria Ribeiro Sampaio Reginato, s/n –  Barão Geraldo. Campinas/SP

Gratuito. Retirar até 1h antes do espetáculo.

Jundiaí

31 de março. Sexta, às 20h

Teatro Polytheama

Rua Barão de Jundiaí, 255. Jundiaí/SP.

Gratuito. Retirar na bilheteria a partir de 30/3 (limite de 2 ingressos por pessoa).

Consuelo de Paula na rede:

Facebook: @paginaconsuelodepaula | Instagram: @consuelodepaula

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